O mercado de petróleo se viu abalado recentemente por conta de uma disputa de preços entre árabes e russos.
Por conta disso, países consumidores do commoditie precisaram encontrar novos fornecedores.
Dados do governo federal mostram que somente em julho o país bateu a marca de 8,19 milhões de toneladas em exportação.
Em igual período do ano anterior o volume vendido havia sido de 3,76 milhões.
A próxima reunião da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) será na quarta-feira (19).
Às 14h15 desta terça-feira o Petróleo WTI estava cotado a R$ 42,67, em queda livre de 0,42%. Já o petróleo Brente estava cotado a R$ 45,28, também queda de 0,20%.
Ouro Negro
Economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Pedro Paulo Silveira disse que as discussões em torno do petróleo estão dividindo o mercado.
Ele explicou que boa parte das empresas de petróleo dos EUA estava tendo sérios problemas.
Ocorre que o commoditie estava sendo negociado a 4 dólares até pouco tempo.
“Nesse patamar, ela opera no prejuízo”, frisou.
Nessa faixa de preços, declarou, os investimentos na prospecção de novos campos e abertura de meios de exploração tendem a parar.
“Diversas empresas do mundo, particularmente as europeias, estão freando as pesquisas em novos campos e abandonando projetos já iniciados por conta do preço do petróleo”, disse.
E acrescentou: “também pelo esforço cada vez mais elevado em partirem para opções neutras de carbono.”
Impactos ambientais
De acordo com o economista, o mundo vive uma pressão para minimizar os impactos ambientais e neutralizar as emissões de carbono.
Somente os EUA se mantêm à parte desta nova agenda ambiental.
Segundo Silveira, as metas para 2030 são agressivas, tanto no sentido de substituir os carros a gasolina por elétricos, quanto substituir a geração de energia suja por energia limpa.
“Isso irá fazer com que a demanda por petróleo caia, entretanto, as empresas europeias estão na vanguarda das pesquisas sobre o que fazer”, disse.
Acontece que elas se posicionam como empresas de energia, e não apenas de petróleo.
“O Brasil, por outro lado, como um país que insiste em ser emergente, não vai abandonar a proposta de explorar a Amazônia economicamente e transformá-la em um lugar que dê para produzir carne, milho e soja, assim como outros recursos”, declarou.
E complementou: “Nós vamos continuar nessa, porém, o resto do mundo está bastante focado em sair desse risco.”
Para Silveira, não haverá mudança de postura por parte do Brasil no curto prazo.
A Nova Futura Investimentos foi fundada em 1983, atua nos mercados de commodities, renda fixa, renda variável e seguros.
Conta com 21 escritórios espalhados por pelo Brasil e se posiciona como uma das maiores e mais independentes casas de investimentos do Brasil.
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