Depois do último pregão, a empresa enviou dois comunicados sobre processos de desinvestimento; além disso, nesta manhã o jornal Valor informou acerca das possíveis novas regras nos leilões no Regime de Partilha, que podem afetar a Petrobras.

No primeiro comunicado, foi informado de que ocorreu o início do processo de venda das ações remanescentes (10%), detidas pela empresa na Transportadora Associada de Gás S.A. (TAG).

Vale lembrar que em julho/2019, a Petrobras finalizou a venda de 90% das ações da TAG por R$ 33,5 bilhões, para um grupo formado pela ENGIE e o fundo canadense Caisse de Dépôt et Placement du Québec. Esta venda gerou um ganho de R$ 21,4 bilhões, registrado no balanço do 2T19.

A Petrobras informou no segundo comunicado, que está em curso a fase não vinculante do processo de venda de 100% das ações detidas pela Petrobras Uruguay Sociedad Anónima de Inversiones (PUSAI) na Petrobras Uruguay Distribuición S.A. (PUDSA).

A PUDSA atua no mercado de distribuição de combustíveis e lubrificantes com 90 estações de serviços, 16 lojas de conveniência, um terminal logístico de lubrificantes e uma planta de QAV. Em distribuição de fertilizantes líquidos, a PUDSA tem dois terminais logísticos de armazenamento.

O seguimento normal das vendas de ativos da Petrobras é sempre uma boa notícia. Estes desinvestimentos vêm ajudando a empresa a reduzir sua dívida e os investimentos.

Por fim, a edição de hoje do jornal Valor noticiou uma entrevista com o secretário-especial do Ministério da Fazenda, que afirmou da disposição do governo em rever a Lei nº 12.351/10. Esta lei garante o direito de preferência à Petrobras de ser operadora dos blocos contratados sob o Regime de Partilha. Essa mudança já deve ocorrer no leilão dos blocos de Sépia e Atapu, a ser realizado em dezembro/2020.

Acreditamos que apesar de ser uma perda importante de direito, se ocorrer, esta mudança não deve prejudicar a empresa nos próximos leilões; dado que a Petrobras é a sócia “natural” de qualquer grupo estrangeiro que queira atuar no Brasil. Assim, acreditamos que a Petrobras vai participar, com boas chances de vencer, outros leilões do seu interesse; já que grandes petrolíferas sempre vão querer tê-la em seus consórcios por seu conhecimento da geologia e do mercado brasileiro.

Nossa recomendação para PETR4 é de Compra com Preço Justo de R$ 34,50/ação (potencial de alta em 16%). Nos últimos doze meses, PETR4 subiu 22,6%, menos que a valorização de 24,2% do Ibovespa.

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