A Petrobras fechou o primeiro trimestre deste ano com produção comercial de petróleo e gás natural de 2,45 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d), queda de 6% na comparação com o mesmo período do ano passado. A produção ao todo foi de 2,765 milhões de barris de boe/d, retração de 5% em relação ao primeiro trimestre do ano passado. A produção no pré-sal representou 69% da produção, contra 63% de um ano antes.

Outro fator importante: as exportações de petróleo apresentaram contração no período, enquanto as importações voltaram a subir após longo período de declínio. Não acreditamos que esta tendência permaneça, mas este foi um dos grandes problemas da Petrobras durante alguns anos: importação de petróleo a preços internacionais e venda interna com preços abaixo da paridade internacional.

Impacto: Marginalmente Negativo. Os dados de produção foram levemente abaixo do esperado pelo mercado. Em todo caso, o aumento da participação do pré-sal na produção deve contribuir para uma redução no custo de extração (lifting cost) da companhia. Seguimos com visão neutra para PETR4 em função do cenário ainda incerto em relação a nova política de preços da companhia.

PLANNER: Petrobras (PETR4) – Declínio da produção e das vendas no 1T21

A empresa divulgou ontem, após o pregão, seu Relatório de Produção e Vendas do 1T21, mostrando queda nos volumes produzidos e vendidos, sempre comparando ao mesmo trimestre de 2020. A redução na produção foi consequência das vendas de ativos realizadas no período e do declínio dos campos maduros. Em vendas, houve crescimento no mercado interno, mas queda no exterior, também por conta dos desinvestimentos.

A redução nas vendas é uma indicação negativa para o resultado da Petrobras no 1T21. No entanto, acreditamos que os aumentos dos preços devem mais que compensar a diminuição dos volumes vendidos.

No 1T21, a produção total mostrou uma queda de 5,0%, com diminuição de 4,8% nos volumes extraídos no Brasil e 16,7% no exterior. A contração maior no exterior ocorreu devido à venda de ativos. No Brasil, esta queda também pode ser atribuída os desinvestimentos, sendo o mais importante a venda do campo de Baúna (Bacia de Santos). Como positivo no trimestre, continuou o ramp-up das plataformas recentemente instaladas na Bacia de Santos (P-68 e P70). No 1T21, aumentou em 1,6% a produção no pré-sal (69% do petróleo total produzido), por conta da elevação dos volumes extraídos nos campos de Tupy, Berbigão, Sururu e Atapu.

No segmento de refino, a produção foi de 1.821 mil barris ao dia, volume menor em 0,8% que no 1T20, com aumento de 1 ponto percentual, para 91%, na participação do óleo nacional na carga total.

O volume total vendido pela Petrobras no 1T21 caiu 9,0%, por conta da redução das vendas totais no exterior (30,4%), dado que no mercado interno houve um crescimento de 3,2%. As vendas no Brasil tiveram como destaque os aumentos de 20,0% e 36,6%, nos volumes negociados de diesel e óleo combustível, respectivamente.

No 1T21, o saldo líquido do comércio internacional caiu 53,5%. Este encolhimento ocorreu principalmente com a diminuição nas exportações de petróleo, que caíram 36,6%, devido à redução na produção. No trimestre também ocorreram ainda importantes aumentos nas importações de diesel (677,8%) e GLP (51,0%).

Nossa recomendação para PETR4 é de Compra com Preço Justo de R$ 30,00 (potencial de alta em 30%). Em 2021, esta ação caiu 15,8%, enquanto o Ibovespa teve uma valorização de 0,3%. A cotação de PETR4 no último pregão (R$ 23,10) estava 24,8% abaixo da máxima alcançada em doze meses e 43,6% acima da mínima do período.

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