Petrobras (PETR4): Silva e Luna toma posse com tom conciliador e acalma os ânimos

Petrobras (PETR4): Silva e Luna toma posse com tom conciliador e acalma os ânimos

O general Joaquim Silva e Luna tomou posse como novo CEO da Petrobras (PETR4) ontem (19) e se posicionou de maneira conciliatória, elencando o respeito à paridade internacional em relação a política de preços da estatal, mas, sem deixar o mecanismo de reajuste correr frouxo.

Isso porque ele chega com a missão de amenizar o descontentamento da população que, com a alta constante dos preços dos combustíveis, tem pressionado o governo. Por conta disso, o presidente Jair Bolsonaro optou por indicar o general em lugar de Roberto Castello Branco.

Silva e Luna fez a lição de casa e em sua primeira fala à frente da petroleira agradou a ambos os lados, dentre os quais o mercado financeiro esperava por um afago.

Outro ponto crucial que ele deverá lidar diz respeito aos desinvestimentos que a companhia precisa promover para enxugar custo e buscar a eficiência operacional. Ele não se furtou ao assunto e pretende se inteirar para definir uma linha de trabalho mais assertiva.

Ontem, os papéis fecharam em alta de 5,03%, a R$ 23,79, no caso das ordinárias e de 5,80%, a R$ 24,28, nas preferenciais. E, apesar do forte avanço, vale dizer que ainda acumulam perdas de 14% e 11% em 2021.

Petrobras (PETR4): Silva e Luna toma posse com tom conciliador e acalma os ânimos

Petrobras

Analista de Research da Ativa Investimentos, Ilan Arbetman disse que as ações da petrolífera apresentam ganhos nessa sessão diante da fala do novo CEO da companhia sobre reduzir a volatilidade dos preços praticados sem abrir mão da política de paridade internacional de preços.

“Acreditamos que o fato de Silva e Luna manter o tom conciliatório e parcimonioso que adotou durante o período de transição é benigno, sobretudo no início de seu trabalho, mas acreditamos que a aplicação de transformações no dinamismo de preços e a manutenção da paridade tendem a apresentar antagonismo e requererão do novo CEO, decisões que, corretamente, serão tomadas após o mesmo se ambientar na presidência da companhia”, declarou.

E acrescentou que “atualmente, o movimento de suavização nos preços poderia ser criado através de um fundo de estabilização, que apesar de ser mais benigno que uma medida mais drástica como o cancelamento da paridade, requererá habilidade e possivelmente, capital político até ser formulada de forma definitiva e aplicada.”

Para ele, “uma vez que a mudança no comando da petrolífera fora motivada pela insatisfação do Executivo com a política atual de preços, acreditamos que uma definição sobre os rumos da nova abordagem quanto a política de preços será o primeiro e principal desafio da nova gestão.”

Arbetman diz acreditar que o tom amistoso adotado tanto hoje como ao longo da transição é positivo. A nova gestão se debruçará sobre as soluções plausíveis tão logo seja possível e será nesta tomada de decisão, que se conseguirá captar maior qualidade.

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