O Santander elevou a recomendação para as ações da Petrobras (PETR3)(PETR4), com o preço-alvo da PETR3 passando de R$ 43,00 para R$ 54,00, e dos ADRs de US$ 17,00 para US$ 20,00.

A decisão se baseia em uma perspectiva renovada sobre a estrutura de capital da empresa e potencial extraordinário de dividendos.

O banco espera que o plano estratégico 2025-2029 da estatal, normalmente divulgado no quarto trimestre, traga ajustes no teto da dívida bruta e mais clareza sobre a posição de caixa mínimo, o que pode desbloquear US$ 2-3 bilhões.

Além disso, o Santander também prevê que a Petrobras tenha mais flexibilidade na estrutura de capital, permitindo dividendos extraordinários em 2025, com o dividend yield projetado para cerca de 12%, acima da média global.

As ações estão sendo negociadas a um múltiplo EV/Ebitda esperado para 2025 de 3,6 vezes, um desconto de 25% em relação à média histórica.

Morgan Stanley também recomenda compra

Antes do Santander, o Morgan Stanley havia anunciado a elevação da recomendação dos ADRs da Petrobras de “equalweight” para “overweight,” com o preço-alvo ajustado de US$ 18,00 para US$ 20,00, indicando um potencial de alta de 39%.

Os analistas destacam o foco da estatal na remuneração dos acionistas, com a possibilidade de distribuições extras de US$ 7 bilhões até 2025, levando a um potencial retorno total de 60%.

Além disso, o banco vê um forte perfil de geração de caixa da Petrobras, superior aos pares globais, com projeções de FCF de 22% em 2024 e 23% em 2025.

Apesar de riscos potenciais, como aquisições e mudanças na governança, o Morgan Stanley mantém uma visão otimista sobre o retorno total da petroleira.

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