A Petrobras (PETR3; PETR4) divulgou ontem seu relatório de produção referente ao quarto trimestre de 2024, mostrando uma queda de 10,5% na produção em comparação com o mesmo período de 2023. Apesar deste recuo, houve um incremento de 1,3% no volume de vendas em relação ao quarto trimestre do ano anterior. Os analistas estão divididos em suas avaliações sobre os impactos destes resultados nos futuros dividendos da estatal.
Segundo a análise da XP Investimentos, a diminuição na produção já era esperada e decorre principalmente das manutenções programadas nos campos de Búzios. A Performance em um contexto mais amplo, com o aumento da produção em áreas do pós-sal graças a novas plataformas, ajudou a atenuar parcialmente as perdas. Para o quarto trimestre de 2024, a XP prevê um EBITDA ajustado de aproximadamente US$ 10,5 bilhões, representando uma queda de 10% em relação ao trimestre anterior, impactado pela redução no preço do Brent e pela desvalorização do real.
Expectativas em relação aos dividendos da Petrobras
Cerca de 50% dos analistas vêem uma possível redução nos dividendos ordinários da Petrobras, considerando a recente queda nos preços do petróleo e o aumento nos custos operacionais. O Citi projeta um rendimento de dividendos piorado enquanto a Safra também aponta uma queda, observando que a produção foi 9% abaixo do esperado, refletindo na redução das vendas de derivados. Em contraposição, para a XP, o dividend yield poderá chegar a 3,4% no trimestre, com expectativas de um fluxo de caixa livre robusto que pode sustentar dividendos de cerca de US$ 3 bilhões.
Preço-alvo e recomendações de compra
Os analistas continuam a recomendar ações da Petrobras, apesar das flutuações. O Citi mantém uma recomendação neutra com um preço-alvo de US$ 15, enquanto a XP tem uma meta de R$ 46, prevendo uma alta de 22,67% em relação ao preço do fechamento de segunda-feira. Por outro lado, a Safra classifica a Petrobras como outperform e sugere um preço-alvo de R$ 48, mostrando uma expectativa de valorização de 28%.
Em suma, a ação da Petrobras parece promissora sob o olhar da maioria dos analistas, embora os investidores devam estar cientes da volatilidade e dos riscos associados às ações de renda variável.
*Com informações de Cícero Cotrim e Fernanda Trisotto, do Broadcast
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