O Conselho de Administração da Petrobras aprovou o seu Plano Estratégico para os próximos 5 anos (PE 2022-2026) e a Revisão da Política de Remuneração aos Acionistas.

Os investimentos previstos para o período 2022-2026 são de US$ 68 bilhões (+24% versus o plano anterior), sendo 84% (ou US$ 57 bilhões), destinados à exploração e produção de petróleo e gás natural (E&P) – dos quais, US$ 38 bilhões serão destinados para os ativos do pré-sal, em linha com a estratégia de direcionar os recursos em ativos em águas profundas e ultra profundas. Já os desinvestimentos previstos para os próximos 5 anos serão de US$ 15 a US$ 25 bilhões.

A companhia estabeleceu uma remuneração mínima anual de US$ 4 bilhões (R$ 22,4 bilhões ou R$ 1,72/ação) para exercícios em que o preço médio do Brent for superior a US$ 40/bbl, equivalente para as ações ON e PN, com distribuição em base trimestral. Dentre os objetivos, simplificar a Política e estabelecer uma remuneração mínima anual, promovendo maior previsibilidade ao fluxo de pagamentos aos acionistas. O retorno com base na cotação da preferencial é de 6,1%.

A ação PETR4 cotada a R$ 28,37/ação registra alta de 9,6% este ano. Temos recomendação de COMPRA com Preço Justo de R$ 35,00/ação, que aponta para uma valorização potencial de 23,4%.

Plano Estratégico – PE 2022-26

Indicador TAR (taxa de acidentes registráveis por milhão de homens-hora) com limite de alerta abaixo de 0,7

O indicador de atendimento às metas de emissões de gases de efeito estufa (IAGEE) de 100% e volume vazado de óleo e derivados (VAZO), com limite de alerta de 120 m³.

Delta do EVA® consolidado de US$ 2 bilhões

A métrica de dívida bruta presente no último plano estratégico foi excluída, devido ao atingimento antecipado da meta de US$ 60 bilhões no 3T21. No entanto, visando manter os incentivos para uma boa dívida bruta abaixo de US$ 65 bilhões, ou seja, caso esse valor seja excedido, a nota do Delta EVA® será contabilizada como zero.

O PE 2022-26 mantém uma gestão de portfólio ativa, com expectativa de desinvestimentos entre US$ 15 e 25 bilhões

O foco permanece na melhora de eficiência operacional, no retorno sobre o capital e na geração de caixa necessária para manter a dívida em patamar adequado e suportar as melhores oportunidades de investimento.

Os investimentos previstos para o período 2022-2026 alcançam US$ 68 bilhões, sendo 84% deste total alocados na exploração e produção de petróleo e gás natural (E&P)

Do capex total do E&P (US$ 57 bilhões), cerca de 67% (ou US$ 38 bilhões) serão destinados para os ativos do pré-sal – cuja produção representará 79% do total da companhia no final do quinquênio.

Produção de óleo, LGN e gás natural – A curva de produção de óleo e gás projetada para o período 2022-2026 indica um crescimento contínuo, mesmo considerando os desinvestimentos. Em linha com o foco estratégico da companhia, as atividades de E&P estão concentradas em águas profundas e ultras profundas no Brasil, representando 92% da sua produção total em 2022, com perspectiva de chegar a 100% em 2026;

A curva de produção considera a entrada de 15 projetos com novas plataformas no período 2022-2026, sendo 9 afretadas e 6 próprias – A meta de produção de petróleo para 2022 foi revisada para 2,1 milhões de barris de óleo por dia, considerando uma variação de 4% para mais ou para menos. Para 2022 a meta de produção total, incluindo petróleo e gás natural, é de 2,7 milhões de barris de óleo equivalente por dia (+ou- 4%).

Política de Remuneração aos Acionistas

• A Companhia estabeleceu o nível de endividamento bruto de US$ 65 bilhões (com arrendamentos mercantis) como critério para definição da forma de apuração da remuneração a ser distribuída, a qual será realizada trimestralmente;

• A remuneração mínima anual será de US$ 4 bilhões para exercícios em que o preço médio do Brent for superior a US$ 40/bbl, equivalente para as ações ordinárias e as ações preferenciais, desde que supere o valor mínimo para as ações preferenciais previsto no Estatuto Social da companhia;

• Em caso de dívida bruta igual ou inferior a US$ 65 bilhões e de resultado positivo acumulado, a companhia deverá distribuir aos seus acionistas 60% da diferença entre o fluxo de caixa operacional e os investimentos;

• Independentemente do seu nível de endividamento, poderá, em casos excepcionais, realizar o pagamento de dividendos extraordinários, superando o dividendo mínimo legal obrigatório, desde que a sustentabilidade financeira da companhia seja preservada.


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