A Petrobras (PETR3 e PETR4) divulgou, nesta sexta-feira (6), os resultados obtidos no segundo trimestre de 2021, o que deixou os acionistas muito felizes. Isso porque, além dos números terem superado as expectativas, a estatal também anunciou dividendos de R$ 32 bilhões, ou seja, R$ 2,42 por ação.
No entanto, isso não foi o fim para as novidades da petroleira. Além de aumentar a produção, a Petrobras também diminuiu sua dívida. Dessa forma, neste trimestre, as dívidas da empresa foram avaliadas em US$ 63,7 bilhões, o equivalente a uma diminuição de 10,3%.
Em suma, a estatal se aproxima cada vez mais de adicionar um gatilho que permite a distribuição de dividendos, com rendimentos de menos de dois dígitos.
Política de proventos
De acordo com a nova política de proventos, aprovada ainda em 2020, caso o endividamento bruto ficar abaixo de US$ 60 bilhões, a distribuição sobe 60% do FCO (fluxo de caixa operacional), subtraindo o CAPEX (investimentos). Isso é o equivalente a um dividend yield de 10% para 2021.
“Ainda vemos PETR capaz de ultrapassar o limite de dívida de US$ 60 bilhões antes do final do ano, sugerindo que a mensagem do CFO de tornar “este pagamento mais consistente ao longo do tempo” pode efetivamente se traduzir em níveis de 10% a 15% de dividend yield com base nos resultados do ano inteiro”, afirmou em nota ao BTG Pactual.
Pagar dividendos ou reinvestir na empresa?
Os dividendos são muito bons para os investidores da Petrobras. No entanto, a empresa deixa de investir em seus ativos.
A afirmativa se coloca de acordo com o BB Investimentos. Segundo a instituição, hipoteticamente, os recursos dos dividendos serão destinados à venda de alguns ativos estratégicos, assim como para aplicações em energias renováveis.
“Com isso, a Petrobras focaria na perenidade e diversificação de receitas futuras, ao invés de privilegiar uma distribuição no curto prazo, considerando que a dívida já está chegando em patamar confortável”, afirma o BB Investimentos em nota ao mercado.