No período entre março e maio de 2020, quando o vírus começou a se disseminar pelo Brasil, 283,6 mil pessoas perderam o plano de saúde e 518,7 mil deixaram de ter convênio odontológico.

A maior parcela dentro destes números corresponde a funcionários que foram demitidos durante a crise, e acabaram então perdendo o benefício.

Espera-se que cancelamento de planos de saúde siga nessa linha até o mês de agosto.

O mercado de planos dentais é historicamente mais resiliente do que o de convênios médicos, mas ainda assim, foi bastante impactados. Não apenas pelas demissões, mas também porque muitos trabalhadores que tiveram redução de salário, e assim cortaram o benefício para ajustar o orçamento.

A OdontoPrev, hoje a maior operadora dental do país, perdeu cerca de 270 mil usuários no segundo trimestre o que foi classificado pela companhia como uma queda sem precedentes.

Diante do cenário, as operadoras de planos de saúde deixaram os reajustes em segundo plano e estão inclusive concedendo descontos; para reter seus clientes mesmo com uma inflação médica que bateu em 13,86% em 2019.

Tal percentual está 3,5 pontos percentuais acima do registrado em 2018 e 2017, segundo levantamento realizado pela consultoria Arquitetos da Saúde que analisou as despesas médicas e hospitalares do total de 47 milhões de usuários de planos de saúde no país.

Impacto: Negativo. Devido às pressões da crise, muitos funcionários foram demitidos das empresas e outros tiveram de reduzir suas despesas. Como consequência, foi observado um aumento na taxa de cancelamento de planos de saúde e convênios odontológicos. Para não perder seus clientes, as operadoras estão não apenas, por ora, esquecendo os reajustes; como também estão concedendo descontos, o que poderá pressionar suas margens no curto e médio prazos.

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