A segunda-feira, 06/05, foi um dia de pouca movimentação no mercado do boi gordo. A indústria manteve-se mais afastada dos negócios e muitas não abriram compras. Não seria uma notícia nova, caso não se verificasse o contexto da comercialização das últimas semanas. O volume recente de negócios foi mais elevado, as escalas subiram em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás. Além disso, a pastagem começa a perder vigor nos campos.A perda de vigor nos campos ou qualidade nutricional da pastagem é natural a ocorrer nesta época do ano, o que deu sustentação foram as chuvas no começo de abril, o que garantiu capacidade de negociação aos pecuaristas brasileiros. Contudo, o cenário começou a mudar, mesmo o mercado futuro que trouxe registros muito interessantes há algumas semanas, inverteu e os valores são bem mais baixos.Em relação aos preços do gado pronto, ainda não tem pressão negativa, como a semana atual deve ser de maior demanda no mercado interno, por entrada de salários, por outro lado, as poucas compras registradas hoje eram para o dia 17 e 20 de maio.Em resumo, observo que o pecuarista precisa estar preparado para a pressão negativa na segunda quinzena de maio. E muito provável que o produtor rural consigo manter uma resistência. Todavia, é relevante buscar fazer negócios sustentáveis para a arroba do boi e evitar o auge da oferta de animais para o abate com o final da safra de boi de pasto.

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Investir sem um preço-alvo é acreditar apenas na sorte