A semana começa com os contratos negociados com soja em Chicago operando de maneira estável, a US$ 12,18/julho. Na semana passada, houve perdas de quase 2%, depois de bons ganhos apurados em pregões anteriores.O mercado segue sob o impacto dos números do relatório de oferta e demanda, apresentados pelo USDA na sexta-feira, que trouxe as primeiras avaliações para a temporada 2024/25.A produção dos EUA, cujo plantio está em andamento, deve alcançar 121,1 milhões de toneladas. O mercado esperava um número um pouco menor. Na última safra a produção ficou em 113,3 milhões de toneladas. Os estoques finais norte-americanos ganham em volume, saltando para 9,3 milhões de toneladas neste ano e para 12,1 milhões de toneladas no próximo. O governo também fez ajustes aumentando o consumo interno e reduzindo as exportações do país.Em termos globais, pela primeira vez a produção deverá ultrapassar a marca de 400 milhões de toneladas, chegando a 422,3 milhões de toneladas em 2024/25, segundo o USDA. No ciclo 2023/24, com os cortes, especialmente no Brasil, a colheita está estimada em 396,9 milhões de toneladas. Os estoques finais ficaram bem acima do que o mercado esperava e são avaliados em 128,5 milhões de toneladas na próxima estação, contra 111,8 milhões de toneladas deste último ciclo.A produção brasileira é prevista em 169 milhões de toneladas, ante 154 milhões de toneladas deste ano, com exportações de 105 milhões de toneladas, ante 102 milhões de toneladas, deste ano. A Argentina deve ficar com 51 milhões de toneladas em 2024/25, ante 50 milhões de toneladas deste ano.A China apresenta um novo salto nas importações, podendo alcançar 109 milhões de toneladas na próxima estação, ante 105 milhões de toneladas deste ano.O novo quadro de oferta e demanda não apresentou maiores sobressaltos; depende, contudo, que a produção seja efetivamente realizada no campo. Área semeada e uso de tecnologia são duas variáveis bastante controláveis e previsíveis. A grande dúvida fica por conta a terceira parte e mais decisiva para a produção: o comportamento climático.Prêmios nos portos, no mercado spot, giram na faixa entre 10/30 positivos. Indicações de compra no Oeste do Paraná entre R$ 128/130 e em Paranaguá na faixa de R$ 137/139 – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local e do período de embarque.

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