A Boa Vista anunciou que os pedidos de falência caíram 30,3% em relação a setembro. Já as falências decretadas recuaram 18,6% na variação mensal, enquanto os pedidos de recuperação judicial e recuperações judiciais deferidas aumentaram 75% e 69,3%, respectivamente.
No acumulado em 12 meses (novembro de 2018 até outubro de 2019 em relação aos 12 meses anteriores), os pedidos de recuperação ainda recuam (-5,4%). Mantida a base de comparação, também diminuíram os pedidos de falência (-3%) e as falências decretadas (-8,1%). Por outro lado, as recuperações judiciais deferidas aumentaram 3,6% após sete meses no campo negativo.
De acordo com os resultados acumulados em 12 meses, portanto, ainda se observa a continuidade da tendência de queda nos pedidos de falência e recuperação judicial. Esse movimento está atrelado à melhora nas condições econômicas desde 2017, que permitiu às empresas apresentarem sinais mais sólidos nos indicadores de solvência.
A continuidade desse processo, entretanto, está condicionada à evolução da atividade econômica nos próximos meses. Com a redução da inadimplência das pessoas jurídicas, os empréstimos bancários voltaram a crescer no último ano, especialmente para micro, pequenas e médias empresas, segmento de maior risco.
Uma eventual frustração das expectativas de vendas dos pequenos negócios, portanto, representa risco de aumento da inadimplência, com potencial impacto nos indicadores de falência e recuperação.
Os pedidos de recuperação judicial, por exemplo, apresentaram alta significativa em outubro tanto na comparação com setembro quanto em relação a outubro do ano passado.
Contudo, ainda não é possível falar em mudança de tendência. De maneira geral, a situação financeira das empresas segue positiva, mas pode se deteriorar sem uma recuperação consistente da atividade econômica nos próximos meses.
Por: Agência Enfoque