Os norte-americanos que solicitaram auxílio-desemprego registrou um aumento na última semana. Os números ficaram acima das expectativas projetadas por analistas consultados pela Reuters projetavam um número inferior, estimando 215 mil solicitações para o período.
Pedidos de auxílio-desemprego dos EUA
Porém, os pedidos iniciais de auxílio-desemprego subiram em cinco mil, totalizando 219 mil solicitações ajustadas sazonalmente na semana encerrada em 15 de fevereiro, de acordo com os dados divulgados pelo Departamento do Trabalho nesta quinta-feira (20).
No entanto, funcionários federais recentemente demitidos pelo Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), criado pelo presidente Donald Trump e liderado pelo bilionário Elon Musk, não foram contabilizados nos dados.
Os pedidos continuados, que indicam o número de pessoas que permanecem recebendo o benefício após a primeira solicitação, aumentaram em 24 mil. Apesar desse aumento, o número ficou ligeiramente abaixo da projeção de 1,873 milhão.
Crescimento de dados e contexto econômico
O aumento nos pedidos de auxílio-desemprego será acompanhado de perto pelas autoridades monetárias dos EUA, especialmente pelo Federal Reserve (Fed).
Esses dados têm um impacto direto nas decisões do banco central sobre taxas de juros e políticas de estímulo econômico.
Em janeiro, o Fed manteve a taxa de juros nos EUA entre 4,25% e 4,50% ao ano. A retomada de políticas protecionistas e o discurso populista de Donald Trump também adicionam pressão ao Fed.
No entanto, analistas apontam que a redução nos gastos do governo pode impactar o país. As regiões de Washington, Virgínia e Maryland, podem ser as mais impactadas, pois há maior dependência de investimentos federais.
O professor de Finanças e Economia da Loyola Marymount University, Sung Won Sohn, alerta que “redução das contratações do governo poderia sinalizar um aperto orçamentário, levando a contratações mais lentas ou a demissões em empresas privadas que dependem de gastos federais”.