A primeira sexta-feira do mês é dia de Payroll, o relatório do mercado de trabalho dos Estados Unidos. Conforme a divulgação do Departamento de Trabalho do país, foram abertas 143 mil postos em janeiro. O número ficou um pouco abaixo da estimativa que era de 175 mil. Contudo, houve uma revisão para cima do Payroll de dezembro, passando de 256 mil para 307 mil.
Segundo Andressa Durão, economista do ASA, o f número ter ficado abaixo do esperado pelo mercado, com desaceleração forte em relação a dezembro, “mas revisões para cima nos últimos meses sugerem um mercado de trabalho robusto”.
Com atualizações metodológicas na pesquisa, que ocorrem sempre na divulgação de janeiro, confirmou-se uma revisão baixista do emprego nos últimos anos. “No entanto, houve revisões altistas relevantes em novembro (+49 mil) e dezembro (+51 mil), elevando a média móvel trimestral de crescimento para um patamar alto. Para minimizar os efeitos rebote de eventos climáticos e greves enfrentados em alguns meses do segundo semestre do ano passado, podemos considerar a média dos últimos seis meses, e ela também indica um ritmo ainda forte de crescimento do emprego.”
Já a taxa de desemprego ficou em 4.0%, após contabilizar ajustes populacionais. “A partir de janeiro, estimativas populacionais atualizadas foram incorporadas à pesquisa, com fortes revisões para cima no emprego e na força de trabalho, principalmente por conta de um aumento no número de imigrantes. Com isso, a diferença entre as séries de emprego da pesquisa do Payroll e da pesquisa domiciliar diminui bem”, comenta a aeconomista.
A série do crescimento salarial em 12 meses foi revisada para cima, e a taxa em janeiro está em 4,1%. A expectativa é de desaceleração dos salários à frente.
FED – O mercado de trabalho continua crescendo em ritmo sólido. Para o FED, os dados reafirmam a postura de cautela e apoiam a manutenção da taxa de juros no patamar atual nas próximas reuniões, enquanto avaliam os potenciais riscos à inflação.
