Novembro começa com apenas 12 mil empregos criados nos Estados Unidos em outubro, muito abaixo da expectativa do mercado de 100 mil novas vagas, indicando forte desaceleração do mercado de trabalho. No mês anterior foram 254 mil. O Payroll foi divulgado na manhã desta sexta-feira (1) pelo Departamento de Trabalho do país.
Tudo indica que o dado deve ter impactos dos furacões que atingiram o país no fim de setembro, apesar do Departamento T afirmar que não é possível quantificar esses efeitos. Também impactaram as greves da Boeing e em hotéis na Califórnia e Hawaii. O número teve impacto forte nas taxas de juros longas americanas.
Já a taxa de desemprego ficou estável, em 4,1% em outubro, ante 4,1% de setembro e mesmo porcentual esperado pelo mercado. O rendimento do trabalho cresceu mais que o esperado, 0,4% no mês, ante 0,4% em setembro e expectativa de 0,3%. O número de horas trabalhadas por semana ficou em 34,3, ante 34,2 horas em setembro, que era também a expectativa do mercado.
As bolsas estavam em alta no mercado futuro americano, com o Dow Jones avançando 0,42%, o S&P500, 0,45% e o Nasdaq 100, 0,56%, e aceleraram levemente para 0,44%, 0,49% e 0,62%, respectivamente. O Índice do Dólar, o DXY, manteve a alta de 0,10% e o rendimento do título de dez anos, que subia 0,03 ponto porcentual, em 4,32% ao ano, virou para queda, de 0,03 ponto, para 4,25% ao ano.
À espera o FED
Esses são os últimos indicadores antes da próxima reunião do FED, dia 7 de novembro, que deve decidir por um corte de 0,25 ponto percentual, reduzindo a taxa de juros americana para o intervalo entre 4,5% e 4,75% ao ano.
Payroll é o relatório mensal sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos. A cada nova publicação, o documento é analisado minuciosamente por especialistas. Traz, entre outras informações, o número de postos de trabalho abertos pela economia norte-americana e a taxa de desemprego nos EUA.
Nos últimos meses, o payroll tem indicado que a economia do país estaria mais aquecida do que gostariam os dirigentes do FED.
Como o FED tem a missão manter a inflação na meta de 2% com a economia em situação de pleno emprego , a autoridade monetária precisa se equilibrar sobre uma batelada de dados para evitar que uma tentativa de pouso suave se transforme em um desastre econômico.
(Fonte: Investing.com; Minuto Toro de Ouro)