Ranking de Ações: VIVT4 na lanterna com -8,77% de baixa na semana.

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🌎 CENÁRIO EXTERNO

Esperança com estímulos sustenta mercados

Mercados:

Mercados asiáticos encerraram a sessão com desempenhos predominantemente positivos. Destaque para a bolsa de Tóquio, que suspendeu as operações depois de uma falha técnica ter forçado a interrupção do pregão. Na zona do euro, índices de mercado iniciaram a sessão em alta, com o Stoxx 600, índice que abrange uma gama de ativos de risco da região, avançando 0,6% até o momento. Em NY, índices futuros também operam em terreno positivo, com altas da ordem de 0,9%, enquanto o dólar (DXY) volta a registrar perdas contra os seus principais pares. Na fronte das commodities, ativos se movimentam sem direção única. O preço do petróleo (Brent crude) recua 1,1%, negociado em torno dos US$ 41,80/barril.

Esperança com estímulos sustenta mercados:

Bolsas globais iniciaram o dia em tom positivo, com investidores avaliando sinais de progresso nas negociações por uma nova rodada de estímulos fiscais nos EUA. No pano de fundo, a libra esterlina voltou a perder força no mercado internacional após relatos de que o governo britânico e a Comissão europeia seguem apresentando fortes divergências nas negociações do Brexit.

Agora vai?

Ontem, após o seu 2º encontro com Nancy Pelosi, presidente da Casa dos Representantes e negociadora pelo lado dos democratas, Steven Mnuchin, Secretário do Tesouro americano, anunciou que um acordo não havia sido costurado, mas que as conversas seguiriam vivas nesta 5ªfeira. Na outra ponta, democratas decidiram adiar a votação do último pacote de US$ 2,2 apresentado nesta 2ªfeira, de forma a dar mais tempo às negociações com a Casa Branca. Assim, investidores seguem esperançosos que algum progresso ainda pode ser feito antes dos membros do legislativo deixarem Washington para focar em campanhas eleitorais, movimento que tinha início previsto no final desta semana.

Economia europeia:

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) Industrial do Instituto Markit apontou para uma nova melhora na atividade da indústria europeia em setembro. A leitura final do índice ficou em 53,7, ante um resultado de 51,7 em agosto (uma leitura acima de 50 indica expansão da atividade); configurando o maior resultado em 2 anos ao apontar para ganhos relevantes na produtividade e no número de novas encomendas no período. Adicionalmente, a confiança com relação ao futuro também atingiu o maior nível desde abril, com produtores italianos, alemães e holandeses liderando como os mais confiantes.

Ressalvas:

Apesar dos ganhos na produção e no número de novas encomendas, o setor seguiu sofrendo com a redução do emprego, mesmo que no menor ritmo desde fevereiro. Além disto, vale ressaltar que a indústria alemã comandou a melhora, se sobrepondo sobre desempenhos mais modestos de outros países importantes como Espanha e Itália. Ao todo, sem considerar a Alemanha, o ritmo de crescimento do setor teria registrado uma desaceleração ao menor nível desde junho. Assim, fica claro a necessidade do fundo de recuperação de EUR$ 750 bilhões aprovado pelos líderes do bloco, uma vez que este busca; além de impulsionar o crescimento, promover uma retomada mais uniforme entre seus membros.

Na agenda:

Nos EUA, a atividade industrial será medida pelos PMIs do Instituto Markit (est.: 53,5) e do ISM (est.: 56,3) referentes ao mês de setembro, ambos previstos para às 11h. Mais cedo (9h30), a agenda americana também conta com os dados de consumo pessoal, onde investidores avaliarão o PCE – medida de inflação preferida pelo Fed – de agosto, e os pedidos de auxílio-desemprego.

CENÁRIO BRASIL

Completamente desnorteado, Governo leva plano de financiamento do Renda Cidadã de volta para a estaca zero

Guedes desmente Bittar:

Segundo o ministro Paulo Guedes (Economia), os recursos destinados aos precatórios, ordens de pagamentos resultantes de condenações judiciais, não serão usados para financiar o Renda Cidadã. A declaração contradiz o plano revelado pelo senador Márcio Bittar (MDB-AC), relator da PEC emergencial, que desde 2ª tem declarado que a expansão do Bolsa Família será possibilitada por atrasos no pagamento dos precatórios e um redirecionamento de recursos do Fundeb, um fundo não abarcado pelo teto que financia a educação fundamental.

Guedes volta a defender união de programas:

Segundo o ministro Paulo Guedes, os precatórios estão, sim, sob estudo; mas o interesse do governo é entender por que esse gasto cresceu tanto do governo Dilma (R$ 10 bi) até agora (R$ 56 bi). Aparentemente, essa questão nada tem a ver com o Renda Cidadã. Para o ministro, o Renda Cidadã deve suceder da união de 27 programas sociais, citando a criação do Bolsa Família, que resultou da aglutinação de vários programas (Auxílio-Gás, Renda Mínima, Acesso à Alimentação entre outros), como exemplo. A reposta de Guedes aparenta não comtemplar o fato que o presidente Jair Bolsonaro já explicitou que dará “cartão vermelho” para qualquer um que sugira a extinção de programas sociais.

“Como é uma despesa permanente (Renda Cidadã), tem de ser financiado por uma receita permanente. Não pode ser financiado por um puxadinho” – Paulo Guedes.

Maia enxerga “chance zero” para utilização do Fundeb:

Como se a confusão em torno dos precatórios não fosse o suficiente, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ); revelou ontem que a outra fonte de financiamento do programa Renda Cidadã, os recursos do Fundeb, tem “chance zero” de aprovação na Câmara. Segundo o demista, não existem votos para tirar dinheiro da educação básica para financiar o programa.

Um governo sem norte:

Segundo o senador Marcio Bittar, o plano que previa a utilização dos precatórios e do Fundeb já tinha passado pelo crivo de Guedes e das lideranças do Congresso – aliás, Guedes estava presente quando o plano foi anunciado. Porém, ao que tudo indica, ambas as fontes de recursos são inviáveis. Ou seja, o mercado passou boa parte da atual semana aflito em virtude de um plano que sempre foi inexequível. A coordenação, articulação, comunicação e o planejamento do governo continuam gerando crises desnecessárias.

Mercado não sabe se celebra ou lamenta:

É difícil prever como esse acúmulo de reviravoltas vai influenciar o ânimo dos investidores na abertura de hoje. Por um lado, o plano que derrubou o índice, fez o dólar desparrar e empinou a curva de juros foi descartado (por ora). Entretanto, o governo, os seus aliados no Congresso e a equipe econômica revelaram um grau de ineptidão assustador. A semana foi marcada por tantos vai-e-vem que é difícil apontar um culpado pela desordem. Contudo, quando um grupo de pessoas demonstra tamanha incapacidade para coordenar esforços, o culpado geralmente se encontra no topo do organograma.

Na agenda:

Em dia de agenda morna, o investidor avalia o PMI industrial (Markit/HSBC) de agosto (10h00) e o resultado da balança comercial em setembro (15h). Às 11h30, as atenções se voltam ao leilão de títulos pré-fixados do Tesouro (LTN e NTN-F) que deverá concentrar papéis com vencimentos curtos em função da dificuldade de se financiar no longo prazo frente o recente aumento das incertezas com o fiscal.

E os mercados hoje?

Ativos de risco amanheceram em tom positivo, repercutindo uma nova conversa marcada entre democratas e republicanos que mantém viva a esperança com a aprovação de uma nova rodada de estímulos nos EUA. No Brasil, a confusão em torno do método de financiamento do Renda Brasil segue tomando conta dos noticiários. Ontem, falas de Paulo Guedes e Rodrigo Maia apontaram para uma revisão do assunto. Ainda assim, a apresentação da proposta já teve o efeito de minar a confiança do mercado no governo, além de o governo, os seus aliados no Congresso e equipe econômica revelarem um grau de ineptidão assustador. De qualquer maneira, a revisão do assunto deve jogar a favor na balança dos mercados que; junto da melhora do sentimento externo, deverá abrir em tom mais positivo nesta 5ªfeira.

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