Somente 1 em cada 8 países adotou amplas medidas para proteger mulheres dos impactos da Covid-19.

É o que aponta a ferramenta Covid-19 Global Gender Response Tracker, lançada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) com a ONU Mulheres.

O banco de dados traz a análise de como 206 países e territórios estão lidando com a violência contra mulheres e meninas, além de questões econômicas como apoio às trabalhadoras não remuneradas e a manutenção de empregos formais.

De acordo com o levantamento, apenas 25 países possuem políticas com foco nessas três áreas, 42 não desenvolveram nenhum tipo de projeto, e pouco mais de 130, incluindo o Brasil, estão direcionando esforços para uma ou duas áreas.

A ONU aponta ainda que 71% de todas as medidas identificadas no mundo focavam principalmente na prevenção da violência contra mulheres e meninas, e apenas 10% estão relacionadas com o fortalecimento da segurança econômica feminina. Menos de um terço das medidas anunciadas abordam o trabalho de assistência não remunerado nas famílias e comunidades.

Em setembro, a organização estimou que a taxa de pobreza entre as mulheres deve aumentar em 9,1% por causa da pandemia e suas consequências, o que reforça os dados apresentados pelo McKinsey Global Institute de que os empregos delas são 1,8 vez mais vulneráveis com a crise sanitária do que os dos homens.

“A crise da Covid-19 oferece uma oportunidade para os países transformarem os modelos econômicos existentes em um contrato social renovado que prioriza a justiça social e a igualdade de gênero. Este novo rastreador de gênero pode ajudar a acelerar a reforma política, orientando sobre as lacunas nos esforços nacionais e destacando as melhores práticas”, afirma Achim Steiner, chefe do PNUD.

Com informações da Deutsche Welle.

Publicação original em www.movimentomulher360.com.br.

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