Nesta quinta-feira, 18 de janeiro, os mercados internacionais operam sem tendência definida. No Brasil, a agenda econômica está bem esvaziada, deixando o mercado local ainda mais exposto ao exterior. O dia de hoje traz um clima no exterior mais ameno, e a recuperação nas commodities importantes deve melhorar o humor dos investidores e trazer apetite ao risco na abertura. No campo político, depois de discutir a medida provisória da reoneração com o presidente Lula e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reúne-se hoje com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
Nos EUA, os futuros das bolsas americanas operam sem direção definida, após os rendimentos dos títulos do Tesouro atingirem forte alta, com o aumento da incerteza quanto ao início dos cortes dos juros americanos. Os dados do varejo e indústria nos EUA divulgados no dia de ontem se juntaram a outros indicadores recentes fortes e contribuíram para aumentar as incertezas quanto ao início do corte de juros. Atualmente, os mercados preveem uma probabilidade de cerca de 57,6% de um corte nas taxas de juros americanas em março, de acordo com a ferramenta CME FedWatch, estando quase empatadas as apostas de corte e manutenção do juro. Na agenda econômica de hoje, teremos a divulgação nos EUA das construções de moradias iniciadas em dezembro, às 10h30, e às 13h, o DoE solta os estoques de petróleo.
Na Europa, as bolsas operam sem direção única, enquanto os investidores aguardam novos sinais da trajetória dos juros na zona do euro. No meio da manhã, o Banco Central Europeu (BCE) divulga a ata da reunião de política monetária de dezembro, quando deixou suas principais taxas de juros inalteradas pela segunda vez consecutiva. Depois disso, a partir das 12h15 (de Brasília), a presidente do BCE, Christine Lagarde, participa de um painel em Davos, na Suíça, onde acontece o Fórum Econômico Mundial. O futuro da política monetária nos EUA também segue no radar. Dados fortes do setor varejista americano ajudaram a derrubar as apostas para uma redução de juros pelo Federal Reserve (Fed) em março.
Na Ásia, as bolsas fecharam em alta, numa recuperação parcial das fortes perdas de ontem, em meio ao bom desempenho de ações de tecnologia. Na China continental, o índice Xangai Composto subiu 0,43%, e o Shenzhen Composto avançou 0,22%. Nos mercados chineses, os dados econômicos mais fracos do que o esperado pesaram nos negócios, e as bolsas tiveram altas moderadas. Em outras partes da Ásia, o Hang Seng avançou 0,75% em Hong Kong hoje, também sustentado por papéis de tecnologia, enquanto o sul-coreano Kospi subiu 0,17% em Seul, e o Taiex registrou ganho de 0,38% em Taiwan. A melhora do sentimento no setor de tecnologia foi provavelmente motivada por resultados trimestrais acima do esperado da Taiwan Semiconductor Manufacturing Co (TSMC), maior fabricante de chips do mundo. O japonês Nikkei ficou praticamente estável em Tóquio, com baixa marginal de 0,03%, depois de renovar várias máximas em quase 34 anos em pregões recentes.
No mercado de commodities, o preço do barril de petróleo opera em alta, refletindo o relatório de desempenho da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que manteve a previsão de aumento na demanda em 2024 em 2,2 milhões de bpd. Além disso, o diretor-executivo da AIE, Faith Birol, disse que as turbulências no Mar Vermelho devem ter impacto limitado no mercado. Enquanto isso, o preço do minério de ferro fechou em alta na bolsa de Dalian, na China, após sucessivas quedas.
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