Um sopro de esperança vem da China, onde um novo pacote econômico promete revitalizar a segunda maior economia do mundo. Antes da pandemia de Covid-19, o país exibiu um crescimento robusto, impulsionado principalmente pelo setor imobiliário. Por outro lado, hoje, a realidade é bem diferente.

A meta de crescimento para 2024 é de apenas 5%, um reflexo da desaceleração econômica. Mesmo assim, o país está com enormes dificuldades para alcança-lo. Dessa forma, o Banco Central da China (PBOC) reagiu com um abrangente conjunto de estímulos, visando reaquecer a economia.

Na terça-feira (24 de setembro), o PBOC anunciou medidas que incluem a liberação de mais crédito e a redução das taxas de juros dos empréstimos imobiliários. O objetivo? Revitalizar o mercado imobiliário que enfrenta uma grave crise, resultado de uma oferta excessiva em relação à demanda.

Conforme Renato Chanes, analista da Ágora Investimentos ao E-Investidor, destaca que a construção civil, um dos pilares da economia chinesa, teve um crescimento desproporcional. Assim, com consequência artificiais e resultando em uma bolha imobiliária.

Novo pacote econômico da China anima parcialmente

Embora as novas medidas tenham gerado uma onda de otimismo que impulsionou as ações chinesas, a realidade é que o pacote pode não ser suficiente para recuperar o vigor econômico anterior. Conforme Thiago de Aragão, diretor de estratégia da Arko Advice também ao E-Investidor, observa que a economia chinesa é um “paradoxo”. Ou seja, essencial para o crescimento global, mas vulnerável.

Dessa forma, o setor imobiliário, vital para a indústria de aço e minério de ferro, enfrenta dificuldades. Portanto, impactando negativamente toda a cadeia produtiva do planeta.

Após o anúncio, os papéis da Vale (VALE3) e dos siderúrgicos reagiram positivamente. As ações da Vale, por exemplo, subiram 11,5% em poucos dias, acompanhadas pelo aumento de 10% nos preços do minério de ferro. A expectativa é que, com o estímulo econômico, a demanda por minério de ferro aumente. Portanto, beneficiando diretamente a Vale e outras empresas.

Sugestões para os investidores

Para investidores, o momento é de cautela, mas também de oportunidade. Conforme a cobertura do Clube Acionista, o consenso das recomendações para a Vale (VALE3) permanecem com predominância de compra. Bem como, com uma perspectiva otimista em relação ao preço-alvo de R$ 75.

Além disso, a Gerdau (GGBR4) surge como uma opção atraente segundo relatórios de diversos analistas. Por conta de sua diversificação territorial, ou seja, sem tanta sensibilidade ao mercado chinês, pode se beneficiar dos programas de infraestrutura e pela demanda no mercado americano.

O futuro do setor, no entanto, traz desafios significativos. As empresas de mineração e siderurgia devem se adaptar às novas demandas por produtos mais sustentáveis, enquanto a guerra comercial e as incertezas globais podem complicar ainda mais a situação. Dessa forma, tornando-se alternativas mais arriscadas ou para investidores de médio e longo prazo.

Se você deseja se aprofundar nas oportunidades e desafios do mercado, acesse as análises de diversos analistas externos em um só lugar pelo Clube Acionista. Esteja preparado para tomar decisões informadas e posicionar seu portfólio com sabedoria diante das mudanças do cenário econômico global.

Publicidade

Investir sem um preço-alvo é acreditar apenas na sorte