Após queda de 2,61% do IFIX em julho, as corretoras atualizaram suas premissas e carteiras. Dessa forma, conheça os três fundos imobiliários mais recomendados pelos analistas para o mês de agosto.
BTG Pactual Fundo de Fundos (BCFF11)
O FII BTG Pactual Fundo de Fundos Imobiliários tem como objetivo principal a aquisição de cotas de outros Fundos de Investimento Imobiliário, bem como Certificados de Recebíveis Imobiliários.
Tese de investimento: o viés positivo dos analistas para o BCFF11 é baseado principalmente em três pilares: (i) FoF mais bem capitalizado do segmento (~R$350mm em caixa), o que possibilita o fundo surfar oportunidades pontuais geradas por oscilações de mercado, ou participar de ofertas restritas (CVM 476); (ii) excelente liquidez, tendo peso relevante no IFIX e contando com mais de 210 mil cotistas; (iii) gestão altamente experiente e qualificada com bom histórico de alocações e rentabilidade.
Portfólio: o BCFF possui uma carteira bastante diversificada, sendo a maior exposição os fundos de recebíveis imobiliários e shoppings. A composição da carteira possui foco ligeiramente maior em ganho de capital, possuindo nomes que negociam a descontos atrativos em relação ao valor patrimonial, o que a curto prazo pode beneficiar a performance do fundo.
Portanto, os analistas chegaram em três cenários possíveis para o fundo:
• Otimista: maior agilidade da gestão na alocação dos recursos em caixa e alívio das restrições impostas para shopping centers devido à pandemia, favorecendo ganho de capital e melhora gradual dos dividendos.
• Base: alocação gradual dos recursos em caixa em bons ativos e redução do deságio visto em fundos da carteira.
• Pessimista: lenta alocação dos recursos em caixa gerando um ônus de custo de oportunidade e possível migração dos cotistas para FoF’s similares.
Alguns dados do fundo
Último rendimento: R$ 0,40;
Dividend Yield: 0,44% por mês;
Taxa de administração: 0,15% ao ano sobre o valor de mercado do fundo;
Taxa de performance: 20% do que exceder o maior entre: (I) IGP-M +3% a.s. (II) 4,5% a.s.;
Taxa de gestão: 1,10% a.a. sobre o patrimônio líquido.
CSHG Real State (HGRE11)
O fundo CSHG Real Estate tem como objetivo auferir ganhos pela aquisição e exploração comercial de empreendimentos imobiliários, predominantemente lajes corporativas.
Tese de investimento: os ativos do HGRE se aproximam do que os analistas acreditam ser ideal para se estar posicionado no segmento de lajes corporativas, possuindo majoritariamente edifícios classificados com A+, que historicamente apresentam características mais defensivas em momentos de crise. Além disso, o fundo apresenta um desconto bastante relevante (VM/VP ~0,85x).
Portfólio: o HGRE possui atualmente 22 edifícios, destacando-se especialmente pela alta concentração de ativos em regiões Premium de São Paulo, como Faria Lima, Berrini, Chucri Zaidan. O fundo tem ampla diversificação de inquilinos, estando exposto aos segmentos mais relevantes da economia.
Dessa forma, três possíveis cenários foram criados:
• Otimista: redução da vacância, melhoria antecipada do mercado no Rio de Janeiro.
• Base: resiliência durante a pandemia e nos meses subsequentes sem quebras de contrato.
• Pessimista: quebra de contrato com inquilinos, renegociações de aluguel agressivas, inadimplência.
Alguns dados do fundo
Último rendimento: R$ 0,65;
Dividend Yield: 0,46% por mês;
Taxa de administração: 1,00% ao ano sobre o patrimônio líquido.
XP Log FII (XPLG11)
Tese de investimento: o setor de galpões logísticos foi um dos menos impactos pela pandemia do coronavírus, por conta da necessidade de distribuição de produtos nesse momento, bem como a tipicidade dos contratos de locação que, muitas vezes, apresentam clausulas rígidas em relação ao inadimplemento e a rescisão antecipada.
A sugestão de compra para o XP Log FII é pautada nos seguintes pilares: (i) portfólio pulverizado com ativos bem localizados; (ii) bons locatários; (iii) gestão experiente; e (iv) boa liquidez.
Gestão: A gestão do fundo é feita pela XP Asset Management, gestora qualificada que tem demonstrado diligência e transparência em suas alocações.
Riscos: Os principais riscos do fundo são de crédito, vacância e mercado. Uma eventual insolvência dos locatários pode acarretar no atraso ou calote dos aluguéis. Já o risco de vacância está relacionado com a rescisão do contrato e desocupação dos inquilinos, o que impactaria a rentabilidade do fundo. Por fim, o risco de mercado com flutuações no valor das cotas.
Alguns dados do fundo
Último rendimento: R$ 0,58;
Dividend Yield: 0,46% por mês;
Taxa de administração: 0,95% ao ano;
Taxa de performance: 20% do que exceder o benchmark (IPCA + 6,0% a.a.).
Fonte: Guide Investimentos e BTG Pactual
O FII ideal?
Assim como em ações, ressaltamos sempre a importância da diversificação, para não estar exposto somente a um gestor.
Entretanto, ao analisar padrões, e ver que a grande maioria dos analistas estão indicando um fundo, podemos perceber uma elevada confiança no mesmo, tornando a sua decisão mais segura ao ser apoiada por mais de uma equipe de profissionais.