Se compararmos com fevereiro de 2018, em que haviam 655 mil investidores na bolsa, hoje nos encontramos em outro patamar já superando o 1,3 milhões de CPFs na bolsa de valores. Entretanto, ainda estamos longe de países como a Colômbia, por exemplo, que possui uma população de 49 milhões de pessoas, mas 3 milhões de pessoas cadastradas na bolsa.
O mercado financeiro comemorava o recorde de 119 mil pontos do Ibovespa recentemente e umas semanas depois o índice marcava pouco mais de 112 mil pontos. Essa queda violenta assustou muitos investidores que não estão acostumados com investimentos em ações.
Alguns simplesmente se desesperam e vendem tudo, outros ficam tentando acertar qual a próxima bola da vez e, tem aqueles que simplesmente não fazem nada e ficam apenas olhando. O Financista do Canal 1Bilhão Educação Financeira, Fabrizio Gueratto, listou os 8 principais erros do investidor que acabou de ingressar na B3.
1 – Investidor sabe tudo
O ser humano gosta de ter a sensação de que sozinho ele consegue resolver tudo. No mercado financeiro não é diferente. Muitas pessoas que acabam de ingressar na bolsa de valores começam a operar sozinhos. Eles leem 3 ou 4 matérias em blogs e acreditam que são mais espertos que os demais. Como em um cassino, as vezes até acertam uma ação ou outra, mas a tendência natural é de perdas. Se o Ibovespa começa a ir bem é pior ainda para este tipo de investidor. Porque neste caso ele tem certeza de que realmente ele é muito bom e não de que o mercado todo está ganhando;
2 – Investidor emoção
Este tipo de investidor não usa a racionalidade para investir. Ele deixa a emoção tomar conta. Quando a bolsa está com uma boa expectativa ele compra, na primeira notícia negativa ele vende e fica sempre patinando. As vezes, para investidores pequenos, o próprio custo da corretagem que algumas corretoras cobram acaba prejudicando a rentabilidade dependendo do número de operações que são realizadas. Segundo uma pesquisa encomendada pela CVM, 90% dos investidores que fazem day-trade, ou seja, compram e vendem ações no mesmo dia, perdem dinheiro;
3 – Investidor preguiçoso
Embora o investimento em ações seja de longo prazo, isso não quer dizer que basta comprar algumas ações, compor uma carteira e largar por anos. Qualquer carteira de investimento, seja de uma pessoa física ou de um fundo de investimentos precisa ser constantemente rebalanceada. Porém, para rebalancear também precisa ter know how, algo que o investidor iniciante não tem;
4 – Investidor Day-Trade de fundos
O correto para o investidor que está iniciando é investir através de um fundo de investimento em ações (FIA) e de preferência para escolher 1 ou mais fundos é ideal contar com ajuda de um especialista, que conhece a estratégia e o gestor de cada um deste produtos e consegue diversificar o risco, mesmo sendo ativos de renda variável. Entretanto, o investidor day-trade, olha simplesmente a rentabilidade passada ou o FIA da moda e coloca todo o dinheiro nele. No segundo mês que a performance é negativa ele não suporta e resgata o dinheiro e muda para outro fundo. As vezes em um único ano ele aplica e resgata em 3 ou 4 produtos diferentes;
5 – Investidor me engana que eu gosto
O investidor que vive comprando e vendendo ações sempre superestima seus ganhos e minimiza as perdas. Por exemplo, se este investidor tinha R$ 10 mil em ações de Vale e ganhou 5%, mas tinha R$ 100 mil em ações da Petrobras e perdeu 4%, ele contará para todo mundo que deu uma “porrada” em Vale e em “Petro” ele perdeu um pouquinho. Este investidor no final do ano nem se quer sabe fazer as contas da rentabilidade de sua carteira. Foram tantas operações, mais imposto de renda e aportes novos de dinheiro que ele fica completamente perdido. Para este perfil a bolsa de valores é um game;
6 – Investidor sem estratégia
Existe o investidor que não possui qualquer estratégia. Ele sempre quer ter a sensação que sabe algo que ninguém mais sabe. Ele ouve um boato e compra determinada ação. Ele abre um blog e tem uma dica e ele faz a mesma coisa. Até os que tem estratégia, assim que o mercado vira para baixo, como quando o Temer quase caiu da presidência, ou a briga entre Bolsonaro e Rodrigo Maia, ele na mesma hora se desespera. Ganhar dinheiro sozinho na bolsa de valores é muito difícil, a não ser que o investidor tenha a sorte de pegar um ciclo por meses ou anos de alta, como já ocorreu no passado;
7 – Investidor Mega-Sena
Este perfil de investidor muitas vezes não tem nem o cofre de emergência, ou seja, pelo menos 6 meses do seu custo de vida em um investimento de renda fixa com liquidez, mas ele quer ficar rico rápido então a única chance é fazer a grande aposta na bolsa de valores ou ativos de alto risco como criptomoedas. Esta pessoa aplicará que opções, que é muito mais arriscado do que ações. Ela tentará acertar uma small cap, que são pequenas empresas que possuem capital aberto, mas quase não tem negociação. Ela acredita que pode transformar R$ 10 mil em R$ 100 mil;
8 – Investidor Cassino
Este perfil encara investimentos na bolsa de valores como um cassino. Além de tradicionalmente ele querer acertar a empresa que irá ter valorização de 1.000%, como em um jogo, cada vez que ela perder a aposta ela correrá mais risco para tentar recuperar o que perdeu. Até o momento em que ela perde tudo ou, em alguns casos, como estava alavancado, ou seja, usando um “cheque especial” ainda fica devendo na corretora e acaba perdendo um carro ou imóvel, por exemplo.
Sobre a Sobre 1Bilhão Educação Financeira
Sócia-O Canal 1Bilhão Educação Financeira leva educação financeira em uma linguagem simples, resumida e disruptiva, para que o investidor aprenda a acumular riquezas, preservar o poder de compra e aumentar a sua rentabilidade com investimentos com alta expectativa de retorno.
Fundado pelo jornalista, escritor e palestrante Fabrizio Gueratto, eleito em 2018 com um dos mil paulistanos mais influentes e que atua a mais de 12 anos no mercado informações financeiras. O canal tem como o slogan “investimento não é cassino” e foca em desconstruir na cabeça do brasileiro a ideia de que é preciso acertar sempre o investimento da moda. O planejamento patrimonial de qualquer pessoa, independente da sua classe social deve começar ainda na infância e continuar até o final da vida. Além disso, o conteúdo também revela as pegadinhas que existem dentro do mercado financeiro e como desviar delas.