A Orizon (ORVR3) informou que a joint venture com o grupo Urca para desenvolver plantas de biometano nos Ecoparks de Nova Iguaçu e São Gonçalo deve ser concluída entre o segundo e o terceiro trimestres de 2024, com novos acordos de fornecimento previstos para este ano.

Ponto positivo, já que o projeto de lei “Combustível do Futuro” (nº 4516/2023), atualmente em revisão no Senado, pode aumentar significativamente a demanda e os preços do biometano ao exigir que produtores e importadores de gás natural incluam um percentual mínimo de biometano, começando com 1% em 2026 e potencialmente chegando a 10% até 2034.

A projeção da empresa foi feita em um roadshow no Rio de Janeiro, onde traçou uma linha quanto ao desempenho esperado para este ano.

Segundo o BTG Pactual, que esteve presente na ocasião, a empresa espera continuar uma trajetória ascendente, após apresentar resultados fortes no primeiro trimestre deste ano.

“Esse crescimento deve vir impulsionado por ajustes de preços acima da inflação no volume de gestão de resíduos e rigoroso controle de custos”, pontou.

Para o banco, um ponto de destaque no evento foi as falas sobre o avanço da Orizon no mercado de créditos de carbono.

Em março, a empresa obteve sua primeira certificação de crédito de carbono Gold Standard para o Ecopark João Pessoa.

“A Orizon espera mais certificações para outros Ecoparks ainda este ano, e permanece otimista com relação aos preços dos créditos, que devem se manter na faixa de USD 5-7 por tonelada. A certificação permite que a empresa venda todo o estoque de créditos de carbono acumulado de 2022 até o primeiro trimestre de 2024, além dos créditos futuros”, comenta o BTG.

Segundo a empresa, as negociações com compradores já estão em andamento e a expectativa é de vendas significativas ainda em 2024.

Além disso, a construção da planta de biometano em Jaboatão dos Guararapes está dentro do cronograma e do orçamento, com início de operações previsto para o final de 2024 ou início de 2025, disse a empresa.

A planta de biometano Paulínia II, uma joint venture com a Compass, já tem pré-pedido fechado com o fornecedor de equipamentos, com previsão de início de operações para o segundo semestre de 2024.

Além disso, a planta de Waste-to-Energy de Barueri está na fase de captação de dívidas, com previsão de início de operações até o final de 2026.

Nesse sentido de união com outras empresa do seu setor, a Orizon mantém interesse em aterros sanitários pequenos e greenfield, mas não descarta transações com empresas de aterros maiores.

A empresa continua avaliando oportunidades que possam agregar valor e fortalecer sua posição no mercado de gestão de resíduos.

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