A assembleia-geral de credores da Oi (OIBR3)(OIBR4) voltou a ser adiada nesta quarta-feira (17), com aprovação de 58,51% dos participantes. O encontro deve retornar na próxima quinta-feira (18), às 14 horas, de modo presencial, no Rio de Janeiro.

A assembleia de credores começou em 25 de março, passou para 26 de março, 10 de abril e, depois 17. Agora 18 de abril.

Também foi anunciado pela empresa a prorrogação do veto à execução de dívidas da Oi, o chamado “stay period”.

Esse pedido foi feito por parte dos credores e aceito pela empresa. “Estamos muito perto de ter o plano finalizado, com todas as variáveis do texto para consideração dos credores, mas ainda precisamos de algumas horas de trabalho para chegar lá”, afirmou Giuliano Colombo, advogado que representa bondholders.

“Os credores não têm condições de votar um plano sem que esteja finalizado, assim como a companhia, que precisa determinar com o que está se comprometendo”, emendou Colombo, acrescentando que as negociações evoluíram nas últimas semanas.

O diretor jurídico da Oi, Thalles Paixão, disse que a empresa aceita a proposta que, segundo ele, foi encaminhada pela maioria dos credores.

Paixão enfatizou, porém, a necessidade de injeção de recursos na Oi. “A companhia tem uma necessidade muito grande de liquidez, e o cronograma cada dia mais fica mais desafiador”, alertou.

Os administradores do processo de recuperação judicial da Oi – Preserva-Ação, Wald Advogados e K2 – cobraram que esse novo adiamento seja “derradeiro”.

O novo adiamento aconteceu apesar do alerta da Justiça. Na decisão que prorrogou a realização da última assembleia, a juíza em exercício Caroline Rossy Brandão Fonseca, da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, determinou que o “stay period” não seria novamente prorrogado caso o Plano de Recuperação Judicial (PRJ) não fosse votado desta vez.

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