Entre os resultados financeiros mais aguardados pelo mercado era o da OI (OIBR3), em recuperação judicial, foi divulgado hoje. Em geral, o lucro líquido saiu de um prejuízo e a receita total ficou em alta aos R$4,4 bilhão.
Conforme a Genial investimentos, os analistas julgam o resultado como positivo. A casa destaca o lado operacional, pois apresentou melhoras de margem na comparação anual via redução dos custos e expansão no mercado de fibra.
OI (OIBR3): Destaques do 1T22
A empresa registrou lucro de R$ 1,78 bilhão, ante o prejuízo de R$ -1,67 bilhão no último trimestre de 2021. Já o EBITDA ficou em R$ 1,3 bilhão (-22,3% t/t e +9,9% a/a), marcado pela maior queda relativa dos custos frente à receita, com a Oi colhendo os frutos de suas políticas de reduções de gastos em meio a um período de grandes pressões inflacionárias. Dessa forma, a margem EBITDA atingiu 28,4%, com uma receita total de R$ 4,4 bilhão.
Conforme Graziella Valenti da revista Exame, com o resultado divulgado, agora a Oi (OIBR3) tem R$ 19 bilhões em dívida bruta. Pode parecer um cenário distante, contudo, a companhia que hoje está em recuperação judicial, há seis anos decidiu entrar à Justiça para renegociar suas dívidas com um acumulado de R$65,4 bilhões.
Ainda conforme a colunista, se considerarmos os compromissos em moeda estrangeira da época e câmbio de hoje, a equivalência estaria próxima de uma dívida de R$85 bilhões. Portanto, o atual cenário da empresa representa uma redução entre 75% a 80%.
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Dessa forma, diante do resultado trimestral apresentado pela empresa, os analistas da Genial Investimentos decidiram alterar o rating considerando a forte desvalorização do papel ao longo deste ano. Bem como, na melhora de cenário com relação às dívidas e aos riscos regulatórios.
“Um dos principais entraves para a entrada dos investidores é a questão da Recuperação Judicial e a saída do processo se mostra cada vez mais próxima, minimizando significativamente os riscos de falência” afirmam os analistas.
“Alteramos nossa recomendação de MANTER para COMPRAR, com preço-alvo de R$ 1,10 (potencial upside de +103,7%)” conclui Genial Investimentos.