A Oi assinou um contrato de exclusividade com a Claro, Vivo e Tim para a venda de sua operação de telefonia móvel.

O entusiasmo do mercado com o processo também alcançou a equipe da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) dedicada a monitorar o risco de colapso operacional da maior concessionária de telefonia do país.

A animação surge da possibilidade da Oi levantar recursos para abater parte importante da dívida e de transformar-se em uma grande ofertante de conexão por redes de fibra óptica.

Ainda assim, integrantes da Anatel avaliam que o processo para garantir a sobrevivência da Oi, no horizonte pósrecuperação judicial, ainda é de “alto risco”.

Os principais fatores que sustentam a incerteza são o passivo de multas devidas à Anatel, incluídas no plano de recuperação judicial, e o tratamento dos bens da concessão, que traz implicações sobre a estratégia de separação da companhia em unidades produtivas isoladas (UPIs).

Impacto: Marginalmente Positivo. O mercado vem se animando bastante com o processo de venda de ativos móveis da Oi, pois acreditam que este possa garantir a sobrevivência da empresa de telefonia em seu horizonte pós recuperação judicial. No entanto, a Anatel sugere que o caminho para garantir a sobrevivência da empresa ainda é considerado de “alto risco”.

PLANNER: OI (OIBR3 e OIBR4) – Telefônica Brasil, Tim e Claro confirmam exclusividade para negociar ativos móveis da Oi

As três companhias Telefônica Brasil, Tim e Claro divulgaram fatos relevantes na sexta-feira, confirmando acordo de exclusividade com a Oi para negociar a aquisição da Oi Móvel.

O Acordo tem vigência inicial até o dia 11 de agosto de 2020 e será renovado automaticamente por períodos iguais e sucessivos, salvo se houver manifestação em contrário por qualquer das partes.

O acordo de exclusividade firmado dias antes pela Oi com a Highline do Brasil expirou no começo desta semana e não foi renovado, abrindo caminho para que o consórcio das teles assumisse a dianteira das negociações.

Mesmo perdendo essa vantagem, a oferta inicial da Highline teve caráter vinculante e continua valendo. Ou seja, a empresa ainda tem chance de ficar com os ativos da Oi, cuja venda se dará por meio de leilão, de acordo com o novo plano de recuperação judicial proposto pela operadora (que ainda está sujeito à aprovação pelos credores).

Segundo as companhias, o acordo visa garantir segurança e rapidez às negociações, e permitir que elas possam ser qualificadas como “stalking horse” (primeiro proponente) no processo de competição pela Oi Móvel, o que vai permitir a cobertura de outras propostas que eventualmente surgirem.

As ações tiveram o seguinte desempenho:

• VIVT4 – R$ 50,61 (-1,5%);

• TIMP3 – R$ 15,42 (+1,4%);

• OIBR3 – R$ 1,56 (estável);

• OIBR4 – R$ 2,45 (+1,2%).

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