O crescimento no setor industrial do Brasil engrenou uma marcha mais rápida em novembro, com um aumento robusto na demanda sustentando taxas mais fortes de expansão nos volumes de novos negócios, produção e compra de insumos, segundo dados do Instituto Markit Economics. O sentimento em relação aos negócios também se fortaleceu em comparação com outubro. As exportações continuaram a decepcionar, caindo pelo ritmo mais rápido em quase três anos, e a criação de empregos permaneceu marginal. Quanto aos indicadores de preços, estes mostraram taxas mais lentas tanto para a inflação de custos de insumos quanto para a de preços cobrados, apesar desta última ter permanecido elevada.

O Índice Gerente de Compras™ (PMI®) da IHS Markit para o Brasil, sazonalmente ajustado, aumentou de 52,2 em outubro para 52,9 em novembro, indicando a segunda melhora mais forte na saúde do setor em nove meses (atrás da de setembro). A categoria de bens intermediários mostrou a taxa de crescimento mais rápida, seguida pela de bens de capital e a de bens de consumo.

As empresas brasileiras indicaram que o fortalecimento das condições de demanda sustentou um aumento adicional nas entradas de novos trabalhos. O crescimento nas vendas observado em novembro foi acentuado e acelerado em comparação com outubro.

Os dados básicos sugeriram que os novos trabalhos foram gerados principalmente pelo mercado interno, já que os exportadores brasileiros registraram mais um declínio nas vendas internacionais. A queda foi acentuada e a mais rápida desde o final de 2016. As evidências destacaram uma demanda especialmente fraca proveniente dos países da América Latina.

O volume de produção do setor industrial brasileiro cresceu pelo quarto mês consecutivo na metade do último trimestre do ano e pelo ritmo mais rápido desde março de 2018. O crescimento permaneceu amplo por grupo de mercado e foi liderado pelos fabricantes de bens intermediários.

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Embora necessidades mais elevadas de produção tenham impelido a compra de insumos, a criação de empregos não mostrou um vigor significativo. O crescimento do número de empregos permaneceu marginal, mas as quantidades de compras se expandiram a um ritmo sólido.

Uma demanda mais forte por insumos, combinada com baixos níveis de estoque junto aos fornecedores, causou mais uma deterioração no desempenho dos fornecedores em novembro. Por outro lado, os dados mais recentes mostraram evidências adicionais de capacidade ociosa entre os produtores de mercadorias, tendo em vista a diminuição das quantidades de pedidos em atraso.

As tendências para volumes de estoques foram parecidas, com as reservas de mercadorias de pré-produção e de produtos finais ambas caindo apenas marginalmente em novembro. O declínio nos estoques de insumos foi atribuído ao uso de materiais no processo de produção e a prazos mais longos de entregas.

Os preços de insumos aumentaram em novembro em meio a relatos de taxas de câmbio desfavoráveis. O crescimento das cargas de custos, no geral, se atenuou, mas permaneceu elevado. Ao mesmo tempo, a inflação de preços cobrados moderou-se em relação a outubro.

Os produtores brasileiros de mercadorias esperam que a aprovação de reformas públicas, quantidades maiores de vendas, melhores condições econômicas, investimentos e diversificação de produtos venham a ajudar o crescimento da produção no próximo ano. Além disso, o nível de sentimentos positivos, de um modo geral, subiu, atingindo um recorde de alta de sete meses.

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(MR – Agência Enfoque)

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