R$ 1,5 milhão não é pouco dinheiro – muito pelo contrário! A maior parte dos brasileiros não chega perto disso durante a vida toda. Mas ele não é o verdadeiro prêmio do Big Brother Brasil, na verdade, ele é irrisório perto do verdadeiro prêmio. Tanto que o Gil do Vigor é um dos maiores vencedores da história do programa, mesmo tendo sido quarto colocado na edição passada.

E nem todos os mimos de todas as patrocinadoras do programa chegam perto do que é a verdadeira razão para entrar no BBB. Gente com muito mais de R$ 10 milhões na conta resolve participar do BBB. Os Projotas, Karols com K, Naiaras Azevedos, netos do Sílvio Santos e Manú Gavassis da vida, estão lá para alavancar uma coisa: influência.

E isso, meu caro leitor, vale muito mais do que R$ 1,5 milhão.

Virou meme uma comparação que uma TV americana fez recentemente entre Tik Tokers e executivos de grandes empresas listadas na bolsa de lá: os influenciadores ganhavam MAIS do que os executivos. Influência hoje é uma das coisas que mais dão dinheiro, sem nenhum pingo de dúvida.

Ir para o BBB é conseguir alavancar a carreira de influenciador, mesmo quando você é um anônimo como era o Gil do Vigor – um grande perfil do Twitter questionou: “vão botar isso contra o Projota? Sei não, eim”. O rapper saiu queimado do programa e hoje ostenta 3,8 milhões de seguidores no Instagram, enquanto Gil passou dos 14,7 milhões.

Juliette, que também era desconhecida, tem 33,1 milhões de seguidores – mais que a população de Peru, Equador, Bolívia, Uruguai. Com essa quantidade de seguidores, o mercado publicitário estima que ela consiga ganhar cerca de R$ 50 milhões por ano. POR ANO. Não é mais um prêmio de R$ 1,5 milhão que compra um apartamento confortável em São Paulo e só.

O Gil do Vigor disse em entrevista para a Forbes que já tinha recebido mais de R$ 15 milhões desde que saiu do BBB, na época, ou seja, mais de DEZ VEZES o prêmio. É um dinheiro que transforma a vida de cabo a rabo.

O poder de se tornar influenciador gera muito dinheiro. Kerline, a primeira eliminada do BBB 21 e hoje com 1,5 milhão de seguidores, já virou milionária. Alguns anos atrás, os primeiros eliminados de cada edição do BBB caíam no ostracismo.

Aliás, quero ver alguém lembrar quem foi o primeiro eliminado do BBB 12 – se você lembrar, manda um comentário no Instagram ou no WhatsApp! E se você for o primeiro eliminado do BBB 12 e nosso leitor, desculpa aí! Esse primeiro eliminado do BBB 12 só tem 3 mil seguidores no Instagram.

Naquela época, fazia sentido ir para o BBB pelo prêmio. O vencedor daquela edição, que hoje tem 40 mil seguidores no Instagram, usou o R$ 1,5 milhão para comprar duas fazendas e ganhar dinheiro com isso. Ele agradece o prêmio e diz que isso mudou a vida, mas certamente em uma realidade muito diferente de Juliette e Gil do Vigor.

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Dois comerciais pagam o prêmio

Para a Globo, o Big Brother é uma máquina de fazer dinheiro. Só o programa, que dura três meses, gera a mesma quantidade de receitas que o SBT inteiro por um ano. A estimativa é de uma receita de R$ 1 bilhão. Menos de 1% de tudo que o BBB gera vai para o prêmio. Na verdade, o prêmio é pago com menos de 60 minutos de comerciais entre um bloco e outro.

Para o participante, a chance de ganhar fama e virar influenciador gera muito mais do que os R$ 1,5 milhão. Ninguém nem reclama que o prêmio é o mesmo há mais de uma década – e uma década em que a inflação esteve bem chata no Brasil.

Um ponto interessante disso tudo é que o BBB explode quando passa por uma transformação digital. Antigamente, pagava-se por voto em algum participante. Em algum momento, a Globo extinguiu essa prática e passou a exigir apenas uma coisa dos fãs: engajamento.

O BBB dá certo pois une a experiência da TV com vários outros canais – é o assunto do Twitter, do Instagram, do Facebook, grupos de WhatsApp. E ele exige um engajamento constante: Tiago Leifert pedia “tendinite” para as pessoas que votassem no site. Virar fã, seguir aquela pessoa quase que incondicionalmente, fazer parte do grupo de “seguidores”. Tudo isso é estimulado pelo programa.

E gera os melhores resultados possíveis para os participantes, que saem da casa com hordas de pessoas fanáticas, prontas para consumir cada vez mais da vida delas. Sem engajamento, ninguém teria se tornado influencer.

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Felipe Moreno

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