Dependência financeira é quando alguém depende de outra pessoa, de um trabalho ou de uma situação para ter dinheiro. Ou seja, a vida econômica gira em torno do poder econômico do outro.

A dependência financeira não é boa para ninguém. Tanto do ponto de quem sustenta, tanto do ponto de quem depende. Muitas pessoas que estão vivendo essa realidade não sabem a quais meios recorrer para sair desse contexto.

Infelizmente, a maioria dos casos de dependência financeira está entre as mulheres. E a dependência é a maior razão pela qual elas decidem permanecer em um relacionamento abusivo. Para se ter ideia, uma em cada quatro brasileiras acima de 16 anos sofreu algum tipo de violência ao longo dos últimos doze meses no país. Desse total, 25% apontaram a perda de emprego e renda como os fatores que mais influenciaram na violência. Esses dados são da pesquisa “Visível e Invisível”, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

A dependência financeira pode acontecer independentemente da situação econômica do indivíduo e está dividida em dois tipos:

  • Dependente por escolha

 Quando o indivíduo não quer envolver-se com o dinheiro e entrega a responsabilidade ao cônjuge, ao parceiro, ou a um profissional. Pode parecer liberdade, mas é dependência.

Deixar o nosso bem estar financeiro nas mãos de outra pessoa, entidade, ou do destino pode ser desastroso. Mesmo assim, muitas pessoas escolhem permanecer financeiramente dependentes de outras para não ter que assumir a própria educação, o preparo e o planejamento financeiro.

A dependência financeira está associada a um maior conflito entre pais e filhos, entre cônjuges e pode exaurir a ambição e senso de autonomia das pessoas, fazendo com que se sintam sem esperança e perdidas na sociedade.

Essa dependência pode ser utilizada para controlar e intimidar o parceiro, o funcionário, os pais, os filhos.

  • Dependente sem escolha

Quando uma doença, tragédia ou perda do poder aquisitivo acomete o indivíduo de uma hora para a outra e ele torna-se dependente.

As pessoas que são financeiramente dependentes em geral, igualam o amor a dinheiro. E essa crença tem um alto preço; ela na maioria das vezes caminha de mãos dadas com um senso de total incapacidade de cuidar de si mesmo.

E o que fazer para sair desta situação?

O mais importante para começar uma ruptura com o estado de dependência financeira é tomar consciência da situação. É preciso reconhecer a situação de submissão econômica e querer mudar.

Mas não é um caminho tão simples num primeiro momento. Mesmo com todo sofrimento envolvido é necessário buscar ajuda. Trabalhar os aspectos psicológicos é importante e necessário para fortalecer a autoestima e se sentir capaz de lidar com o próprio dinheiro.

Outro fator importante é voltar ao mercado de trabalho. Seja como CLT, como autônomo ou empreendedor. E para que isso aconteça é necessário se planejar e se capacitar. Organizar a rotina do dia a dia e encaixar momentos de estudo.

Existem muitos materiais e cursos gratuitos na internet de diversas áreas que podem ser acessadas para te auxiliar.

Estudar sobre educação financeira também é extremamente importante. E vai te ajudar a lidar com os próprios recursos, a fazer escolhas conscientes e a aprender com os erros, ressignificando o passado.

É possível desenvolver um bom relacionamento com o dinheiro. Mas vale lembrar: a mudança começa em você!

Até Breve!

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