– Agência Brasil

O seu cafezinho vai ficar mais caro? Os futuros do café arábica atingiram um recorde nesta quinta-feira (30) e chegou a US$ 3,7685 por libra-peso, com um aumento de mais de 15% neste ano.  

O preço de fechamento foi de US$ 3,734 por libra-peso, o que significa uma alta de 1,9% no dia.

Esse aumento é impulsionado pela restrição de oferta global e os temores sobre a safra do próximo ano. 

O que está causando a escassez de café no Brasil? 

O Brasil, responsável por quase metade da produção mundial de café arábica, enfrenta um cenário preocupante após uma seca que impactou a safra de 2024/2025. 

Os analistas apontam que a oferta caiu mais rapidamente do que a demanda, o que tem gerado um impacto direto nos preços.

“A verdadeira história é que a oferta caiu muito mais rápido do que a demanda”, afirmou Trishul Mandana, diretor da Volcafe. 

Os estoques certificados de café arábica na ICE diminuíram, caindo quase 100 mil sacas nos últimos dias. Atualmente, restam cerca de 900 mil sacas.  

Esse aperto de suprimentos está pressionando ainda mais os preços, especialmente com as torrefadoras, como Nestlé e JDE Peet’s, ainda precisando adquirir grandes quantidades de café. 

O que está acontecendo com o café robusta? 

Além do arábica, o café robusta também registrou uma alta. Os futuros da commodity subiram 2,2%, alcançando US$ 5,734 por tonelada.  

Embora o robusta seja utilizado principalmente em café instantâneo, ele segue sendo afetado pela escassez geral de oferta no mercado. 

Como isso afeta os consumidores?  

Assim, com a redução da oferta e o aumento dos preços, os consumidores podem sentir o impacto diretamente nos preços do café no varejo.  

A escassez de estoque e o aumento da demanda global podem levar a uma inflação nos preços do produto em diversas regiões. 

Enquanto isso outras commodities softs estão enfrentando uma tendência de queda. O cacau, por exemplo, teve uma queda de 4,6% em Nova York, e o açúcar ficou estável, sem grandes variações. 

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