Nesta semana serão realizados o pagamento dos proventos de Petrobras referente ao resultado do segundo trimestre e da Vale, referente ao primeiro semestre deste ano. Mas antes de apresentar a visão da Guide Investimentos, a corretora relembra os valores e detalhes sobre os proventos:

A Petrobras irá pagar R$ 6,73 por ação preferencial e ordinária em circulação em duas parcelas, ou um total de R$ 88 bilhões, dos quais R$ 32 bilhões para a União, sendo que:

(i) primeira parcela, no valor de R$ 3,37 por ação preferencial e ordinária em circulação, será paga em 31 de agosto de 2022;

(ii) segunda parcela, no valor de R$ 3,367 por ação preferencial e ordinária, será paga em 20 de setembro de 2022.

A primeira parcela de pagamento será na forma de dividendo de R$ 2,94 por ação preferencial e ordinária em circulação; e JCP de R$ 0,428 por ação preferencial e ordinária em circulação. Já a segunda parcela será integralmente paga sob a forma de dividendos.

Já a mineradora irá pagar R$ 2,03 de dividendos e R$ 1,53 de JCP para os detentores de suas ações em 1º de setembro.

Mas o que fazer com os dividendos?

Ao nosso ver, acreditamos que faça sentido reinvestir o valor em Petrobras. Contudo, dado que a ação subiu bastante nos últimos dias, uma correção no curto prazo é provável e neste caso seria prudente não investir imediatamente todo o recurso. Além disso, vale destacar que é provável que alguns investidores institucionais se antecipem ao pagamento, e tentem comprar a ação já hoje (30/ago), o que tornaria a compra em 31/ago ainda mais arriscada. Já para Vale, levando em consideração a perspectiva para a demanda de minério de ferro mais tímida, acreditamos que haja outros setores com relação risco/retorno mais atrativa, especialmente aqueles voltados a economia doméstica. Em nossa carteira Valor, por exemplo, recomendamos ASAI3, LREN3 e TOTS3, que vemos como ótimas oportunidades.

Curiosidade

De acordo com o Global Dividend Index, da Janus Henderson, os dividendos dos mercados emergentes subiram 22,5%. Eventos globais, como a guerra na Ucrânia, fez com que a disparada do preço do petróleo se convertesse em uma alta de US$ 14 bilhões em dividendos, dos quais metade de responsabilidade da Petrobras, o que a tornou a maior pagadora de dividendos no 2T22 no mundo.

Em 2021, de acordo com a JH, o Brasil foi responsável por mais da metade do aumento de todos os mercados emergentes, com dividendos mais que triplicando em um ano, o que totalizou um recorde de US$ 25,4 bilhões, tendo como as principais responsáveis a Vale e a Petrobras. A mineradora pagou metade do total entre as empresas brasileiras em 2021, registrando o segundo maior dividendo de mineração de todos os tempos pago em todo o mundo, apenas atrás da BHP, mas por pouca diferença. Em 2022, a Vale teve uma queda substancial em seu lucro em virtude da redução do preço do minério de ferro a partir da segunda metade de 2021.

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