Moeda digital brasileira “Drex” está em processo de testes e poderá ser lançada em 2024 pelo Banco Central

Com o nome anunciado no início de agosto, o termo “Drex” deriva da abreviação das palavras: Digital;  Real, Eletrônico e a letra X, que também está inserida na tecnologia Pix. O estudo para a moeda digital brasileira se iniciou no final de 2022, com o anúncio de Roberto Campos Neto sobre a tecnologia.

A previsão de lançamento ao público é em meados de 2024. Atualmente, o Banco Central encontra-se em fase de testes da moeda digital, com cerca de 16 players inseridos em uma sandbox para análise de casos e provas situacionais.

A plataforma escolhida para a realização dos testes é a Hyperledger Besu, preparada para lidar com ativos de diversos tipos e naturezas, essa plataforma tem baixos custos de licença e de royalties de tecnologia porque opera com código aberto (open source).

O Drex terá paridade 1×1 em comparação com o Real físico, sendo lastreado da mesma forma e emitido pelo Banco Central e a própria casa da moeda, tendo seu número de série e identificação próprias.

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Drex é Pix?

No universo de dúvidas do usuário, a principal questão que paira é “Drex e Pix são iguais?”. No entanto, as duas tecnologias do Banco Central são completamente distintas. Em entrevista para o site Jovem Pan News, Orli Machado, CEO da C&M Software, empresa especialista em liquidação interbancária e que atua junto com o Banco Central no desenvolvimento do real digital, diferencia as duas modalidades. 

“O Drex é dinheiro, uma moeda; já o PIX é um meio de pagamento, uma espécie de motoboy que transfere alguma coisa de um lugar ao outro. Quando eu gasto com o PIX, eu tiro dinheiro da minha conta. Então, você é cliente do banco ‘X’, você tem R$100 lá e foi na padaria gastar R$50. Automaticamente, seu saldo no banco passou para R$50. Com o Drex, você vai ter uma carteira digital dentro do seu smartphone, separada de sua conta no banco”, comenta o CEO.

Qual será sua aplicabilidade?

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Ainda é cedo para determinar quais serão as reais aplicabilidades do Drex para o usuário final, já o Banco Central ainda não liberou nenhuma diretriz oficial e a moeda continua em fase de testes. 

No entanto, segundo especialistas, o ativo digital poderá ser utilizado para realização de transações de grandes quantias, como carros e imóveis, facilitando o processo de aquisição de um bem como esses.

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“Eu o vejo basicamente para transações de alto valor. Não é proibido fazer transações de centavos com ele, absolutamente não. Só que eu acho que, para transações de valores pequenos e médios, o meio de pagamento é mais importante que o valor em si. Para transações de alto valor, obviamente você quer ter uma garantia, não quer correr o risco de liquidação, calote e problema”, afirma Machado.

O objetivo principal da moeda digital é conseguir fazer contratos diversos com mais facilidade, mais segurança e menor custo; sendo na compra de uma casa, na contratação de um empréstimo, na venda de um carro ou na contratação de qualquer tipo de serviço.

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