Caro Investidor!
Como diz a musiquinha, “o ano termina e começa outra vez”. E parece que não “resetou”. A sua sensação também é essa? Pelo viés da economia, os percalços seguem, entre eles o dólar e sua cotação estratosférica em torno dos 6 reais. Segundo a Terra, a moeda norte-americana tem uma perspectiva de mais valorização em relação ao real este ano, dado o cenário global, como a eleição de Donald Trump, que promete políticas mais protecionistas e de estímulo à economia americana.
“Isso pode gerar um aumento nos juros nos Estados Unidos, o que tende a atrair capital para os EUA, pressionando a moeda brasileira. Esse movimento pode impactar negativamente as empresas exportadoras brasileiras, embora beneficie o setor de commodities, já que um dólar mais forte pode aumentar a competitividade das exportações de produtos como soja, minério e petróleo”, projetam os analistas.
Além disso, segundo eles, a dolarização dos investimentos se tornará uma estratégia cada vez mais comum, com muitos investidores optando por ativos no exterior, como ETFs internacionais e ações americanas, a fim de se proteger da volatilidade local.
Dolarização
Segundo João Gentina, especialista em investimentos no exterior da WIT Invest, o principal benefício da dolarização da riqueza é proteger o poder de compra e preservar o capital a longo prazo.
“Por exemplo, nos últimos 30 anos desde o Plano Real, o dólar se valorizou significativamente, passando de R$ 1,00 para cerca de R$ 6,00 (em 02/12). Isto destaca como a detenção de ativos numa moeda mais forte como o dólar pode proteger contra a desvalorização do real”, explica.
Conforme Gentina, o principal risco está na volatilidade da moeda brasileira, que pode criar uma falsa percepção de perdas no curto prazo.
“Por exemplo, se um investidor comprar R$ 10.000 a R$ 6,00 (gastando R$ 60.000) e a taxa de câmbio depois cair para R$ 5,40, o valor em reais cairia para R$ 54.000, aparentemente uma perda de R$ 6.000 (10%). Porém, o investidor ainda detém US$ 10 mil, mantendo o valor em dólares. Em vez de se concentrar nas flutuações de curto prazo, esta situação poderia ser vista como uma oportunidade para fazer remessas adicionais a um custo mais baixo em dólares, reforçando uma estratégia de longo prazo.”