A Nova Economia já chegou e para ficar. Esse termo define um novo mercado feito, principalmente, de três aspectos: a tecnologia, o foco no consumidor e a flexibilidade.
Estamos vivendo a chamada Quarta Revolução Industrial que é resultado da transformação digital e da inovação acelerada, além da experiência do usuário e da sustentabilidade. Trazendo uma perspectiva diferente para guiar as organizações modernas.
Na nova economia os modelos de negócio assumem maior flexibilidade para personalizar soluções conforme as preferências do usuário. Aqui tudo acontece num piscar de olhos e o aprendizado contínuo é fundamental para os profissionais que querem se destacar.
De acordo com o Fórum Econômico Mundial, as principais habilidades esperadas pelo mercado para os próximos anos são: uso, monitoramento e controle da tecnologia; criatividade, originalidade e iniciativa; liderança e influência social; inteligência emocional; persuasão e negociação; resiliência e flexibilidade; foco nas necessidades do consumidor e aprendizado ativo.
Ao observar as habilidades descritas acima não posso deixar de afirmar o quanto nós, mulheres, possuímos essas características e as trazemos fortemente em nosso dia a dia.
Então, por que ainda estamos tão defasadas em relação aos homens?
As mulheres trabalham, em média, três horas por semana a mais do que os homens, combinando trabalhos remunerados, afazeres domésticos e cuidados de pessoas. Mesmo assim, e ainda contando com um nível educacional mais alto, elas ganham, em média, 76,5% do rendimento dos homens. Essas informações estão no estudo de Estatísticas de Gênero do IBGE de 2018. Ainda segundo o IBGE, as mulheres no Brasil representam 45,6% da força de trabalho e ocupam 37% dos cargos de liderança.
A Pesquisa Profissionais da Catho de 2019 mostrou que, mesmo com maior grau de escolaridade, as mulheres ganham menos que homens. 30% das mulheres possuem nível superior e pós-graduação, enquanto homens são 24%. Ainda assim, eles podem chegar a ganhar até 52% a mais que elas exercendo uma mesma função.
As mulheres também são maioria entre a população desempregada, elas representam 53,8% segundo dados do IBGE. Sem contar os números alarmantes trazidos sobre a maternidade. 30% das mulheres disseram que já deixaram o mercado de trabalho para cuidar dos filhos.
Apesar do cenário complexo e desigual, as mulheres continuam lutando para conseguir o seu espaço. Buscando ambientes corporativos abertos à inclusão e diversidade.
Afinal, continuar construindo o futuro com os mesmos moldes do passado não é mais uma opção. Por isso, a busca por equidade de gênero se faz tão urgente. Entender os benefícios que a equidade de gênero pode trazer para o ambiente corporativo é imprescindível e deve ser o primeiro passo rumo à inclusão.
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), órgão pertencente à ONU, as empresas com lideranças femininas registram ganhos em produtividade, rentabilidade e potencial criativo. Além disso, companhias que investem na equidade de gênero e têm mulheres em cargos de liderança tendem a atrair e reter talentos com mais facilidade.
Em um ambiente onde as pessoas conseguem se sentir vistas e respeitadas, há um espaço mais produtivo, capaz de dialogar com diferentes públicos e alcançar um melhor desemprenho para as demandas da sociedade como um todo.
É tempo de mudanças. Vamos lá?