Sem delongas, direto ao ponto: não tá fácil pra ninguém. O jargão que virou meme nas redes sociais faz todo o sentido, aliás, os memes sempre fazem. Por que, vamos e viemos, quem diria que o Credit Suisse, o tradicionalíssimo banco suíço (suíço!!) chegaria ao ponto de ser resgatado e depois comprado pelo UBS. Além do SVB, o banco da Califórnia (dreams?), das startups, e que faliu recentemente. Isso afeta o crédito? Afeta. As curvas de juros ao redor do mundo mostraram muita volatilidade na semana passada (13 a 17/3), com o resultado sendo, em geral, um nível de juros mais baixo do que o observado anteriormente. E esse cenário ainda pode sacudir com a divulgação nesta quarta (22) da taxa de juros do Fed e do Copom, a “super quarta”.
O caos bancário
Once upon a time… E tudo começou com a falência do Silicon Valley Bank, o SVB, gerando preocupações quanto a uma crise financeira global, que foi amenizada com as medidas do Banco Central dos EUA (Fed). Então, o Banco Central Europeu (BCE) divulgou sua decisão de juros, com uma alta de 0,5% na taxa básica, sem dar direcionamento sobre os próximos passos e pontuando que o desafio para a inflação segue elevado, mas devem avaliar os próximos dados para tomar suas decisões. No entanto, o BCE pontuou que tem instrumentos para suportar possíveis problemas no sistema financeiro, sorte deles.
“A crise bancária não parece ser um risco iminente ao cenário, mas é um ponto importante para ficarmos de olho, em um ambiente em que é necessária uma contração da atividade econômica para que a inflação chegue mais próxima da meta dos bancos centrais ao redor do mundo. Nos Estados Unidos, no início do mês de março, discutíamos se a próxima alta de juros por lá seria de 0,25% ou 0,50%. Agora a discussão gira em torno de manutenção ou alta de somente 0,25%, fruto do novo cenário após reação do mercado aos eventos citados acima”, comentam os analistas do Itaú.