A palavra empreender tem sua origem no latim “imprehendo” ou “impraehendo” que significa tentar executar uma tarefa.

Já segundo o dicionário Michaelis, empreender é resolver-se a praticar algo laborioso e difícil, tentar ou por em execução, fazer, realizar. 

Vejam que realmente o conceito teórico da palavra não está distante da realidade de quem decide se tornar um empreendedor ou uma empreendedora.

Afinal para empreender tocando um negócio próprio é necessário muito trabalho, difícil e árduo, tentativas e erros e muita persistência para encarar os desafios diários de um mercado extremamente competitivo e clientes cada vez mais exigentes, em qualidade e preço.

Segundo um estudo do IBGE realizado em Outubro do ano passado, 21% das empresas que iniciam fecham antes de 1 ano e quase 50% fecham em menos de 4 anos. 

São vários os motivos que levam a esse triste fim, a falta de um planejamento adequado, má qualidade dos produtos ou serviços oferecidos, desconhecimento do público alvo e interesses reais dos clientes ou marketing ruim, são alguns deles.

A gestão financeira

Mas um dos grandes motivos para a falência precoce é a má gestão financeira das pequenas empresas. Muitos empreendedores começam a empreender bem e com um bom ritmo de vendas, enquanto conseguem administrar uma estrutura enxuta.

Porém quando as vendas passam a aumentar com certa frequência, o que parece uma ótima noticia vira um pesadelo.

Isso porque a estrutura da empresa não está preparada para atender a nova demanda e por conta disso aparecem problemas com a má qualidade do que está sendo ofertado, atrasos em prazos de entrega ou erros por falta de estrutura. 

Neste ponto, quando a empreendedora ou o empreendedor não tem um bom conhecimento financeiro e não mantém um fluxo de caixa saudável e um capital de giro adequado, começam a aparecer os problemas. 

Dentro dos itens que costumo presenciar junto ao público que costumo atender em planejamento financeiro, um que chama bastante atenção, quando a pessoa é empreendedora é misturar as finanças pessoais com as finanças da empresa. 

MEIs e Autônomos

Inclusive de profissionais autônomos ou MEIs onde não há uma clara distinção entre o que é o faturamento da empresa e o que será o pró-labore e o lucro da pessoa física, ficando tudo misturado fazendo que, com o tempo vá ficando mais difícil gerenciar as finanças da empresa. 

Por isso, tenha sempre em mente, a necessidade de separar o que é caixa do negócio do que é pró-labore e retirada de lucros, que irá remunerar a pessoa física.

Pode ser algo simplificado, como uma simples planilha de controle, mas é importante que esteja clara esta divisão.

Um bom exemplo disto aconteceu com uma de minhas clientes, onde a necessidade de melhorias em suas salas de um clinica, acabou entrando em seu planejamento financeiro pessoal, como um objetivo de curto prazo, onde na verdade, deveria ter saído do caixa da empresa.

Mas como não havia essa clara a distinção teve que ser iniciado dessa forma e posteriormente acertar a situação. 

Fica então lançado esse desafio aos empreendedores e empreendedoras ou para quem decidiu que vai começar a empreender: voltarem sua atenção a esse ponto tão necessário para manter saudável os recursos da empresa e evitar que a “bagunça financeira” leve seu sonho de construir uma grande empresa para o buraco.

E se você for uma mulher empreendedora, deixo aqui, uma dica.

Como grande parte de minhas clientes são mulheres, decidi fazer a Semana da Mulher Empreendedora, um evento que será gratuito, apoiado pelo Blog do Acionista e que ocorrerá do dia 17 ao dia 22 de Agosto abordando 12 temas diferentes para manter um negócio sustentável, inclusive do ponto de vista de competências pessoais.

Se você quiser conhecer melhor o conteúdo e participar, acesse este link.

Sucesso a todos e vamos empreender…mas com planejamento e gestão financeira!

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