Com a pandemia do coronavírus se espalhando cada vez mais, as cotações dos fundos imobiliários sofreram bastante, mas os analistas do BB Investimentos não veem motivo para preocupação.
O cenário
Apesar da desaceleração no número de novos infectados na China, o avanço da epidemia em países como a Coréia do Sul, Itália e Irã fez a OMS classificar a doença como pandemia, prejudicando as expectativas de crescimento global.
Durante o feriado de carnaval no Brasil, as principais bolsas do mundo recuaram fortemente, com os investidores calculando o peso das medidas de contenção do vírus na atividade global. Com relação ao IFIX, o índice acabou recuando 3,7% em fevereiro, acumulando um desempenho negativo de 7,3% em 2020.
O porquê da queda
Após o movimento de realização ocorrido em janeiro, os analistas do BB Investimentos entendem que o desempenho ocorrido em fevereiro veio de fatores conjunturais que abalaram as bolsas do mundo inteiro.
A perspectiva de desaceleração da economia mundial, que começou pelo surto iniciado na China e traria um efeito “dominó” nas demais economias em função da desaceleração no comercial mundial, mas que depois se apoiou pela disseminação em diversos países pelo mundo, tem levado o mercado a rever projeções de crescimento, gerando maior aversão ao risco.
Decisão do Bacen
O surto do coronavírus levou o Bacen a realizar novo corte na Selic em 2020 – não previsto na última reunião do Copom de fevereiro, que sinalizou a interrupção do ciclo de cortes – tornando ainda mais atrativo o investimento em renda variável.
Os fundos imobiliários se deterioraram?
No mercado específico de fundos imobiliários, os analistas acreditam que por ora os fundamentos se mantêm. Devemos lembrar que, como o setor imobiliário é mais focado no mercado interno, a piora das expectativas viria de uma desaceleração mais forte da atividade doméstica, com respectivo efeito nos aluguéis, vacância, entre outros.
Fonte: BB Investimentos