Conheça o BDR da gigante no setor de serviços financeiros escalado pelo BTG em sua carteira recomendada mensal. Deste modo a equipe de analistas do BTG escalou a Visa (VISA34) com 10% de participação na carteira.

O BDR da gigante no setor de serviços financeiros

De acordo com o relatório do BTG, a companhia norteamericana é uma gigante no setor de serviços financeiros, sediada em Foster City, Califórnia, Estados Unidos.

Por meio de cartões de crédito, débito e pré-pagos da bandeira Visa, ela facilita transferências financeiras e é a segunda maior processadora de transações eletrônicas do mundo, conectando consumidores, instituições financeiras, negócios e governos em mais de 200 territórios.

Com mais de 3,7 bilhões de cartões (crédito, débito e pré-pago) emitidos com a bandeira da Visa, e um volume total de transacionado de US$13,0 trilhões por ano, e TPV (volume total de pagamentos) de US$10,4 trilhões no ano fiscal de 2021, a companhia opera a segunda maior rede e pagamentos eletrônicos do mundo.

O IPO em março de 2008 foi o 2º maior da história americana, com captação líquida de US$17,8 bilhões.

A tendência de expansão na utilização dos meios de pagamentos eletrônicos continua, o que favorece o uso de cartões em detrimento do uso do dinheiro, beneficiando a Visa inclusive com a pandemia acelerando esta tendência de adoção de novos meios de pagamento em relação ao uso do dinheiro físico.

50% de marketshare no mercado global

Segundo os analistas do BTG, a companhia tem aproximadamente 50% de marketshare no mercado global de meios de pagamento eletrônicos, excluindo a China, e é bastante lucrativa: margem EBITDA de 70% e ROE de 41,5%, de acordo com a média das projeções do consenso de mercado.

O balanço patrimonial da Visa é bastante saudável, com uma dívida líquida de US$4,1 bilhões em dezembro de 2021, equivalente à apenas 0,2x o lucro operacional (EBITDA). A companhia, além de distribuir dividendos, realiza recompras de ações, e retornou US$11,5 bilhões em 2021 (um yield de 2,5% aproximadamente).

No final do ano passado, a o conselho de administração autorizou um novo programa de recompras, no valor de US$12 bilhões.

A companhia tem uma série de oportunidades de crescimento, a principal delas a exploração de novos fluxos financeiros, que a Visa começou a abordar (a “rede de redes”).

Segundo um estudo da McKinsey, realizado em 2018, o volume de fluxos financeiros pode chegar a US$185 trilhões por ano em movimentações de cartões e não-cartões para consumidores, empresas e governos em todo o mundo, facilitando pagamentos nos segmentos P2P (pessoa para pessoa), B2C, B2B,
etc.

Visa Direct

Os analistas do BTG destacam que para aproveitar as oportunidades desse mercado endereçável a Visa desenvolveu o Visa Direct, uma plataforma de pagamentos em tempo real, que permite, por meio de um adquirente, que sejam creditados/debitados fundos diretamente no cartão de débito/pré-pago ou nas contas.

Com o Visa Direct, as empresas e consumidores enviam dinheiro diretamente para uma conta bancária ou cartão, nacional ou internacional, seja P2P, P2B, ou outros.

No ano fiscal de 2021, a Visa registrou 5,2 bilhões de transações pelo Visa Direct (3,2% das transações totais), um crescimento de 50% sobre 2020.

“Acompanhamos o bloqueio de várias instituições financeiras russas de sua rede, e entendemos que o impacto deve ser baixo na performance do papel, dado a pouca relevância do volume total de pagamentos da Rússia, em relação ao volume total de pagamentos da companhia” Afirmam os analistas do BTG.

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