Não foi por acaso que se falou por aqui um tempo atrás que o agro estava muito além de ser pop e tech por estar na vitrine do mercado de investimentos. Os números comprovam que mais do que a menina dos olhos, o setor é campeão das commodities de alimentos.

Para se ter a ideia da dimensão disso, no último boletim da Conab, a expectativa era de produção total de 154,8 milhões de toneladas de soja na safra 2022/23, +0,8% superior à última estimativa. Isso motivado por aumento de área e de produtividade, confirmando os recordes históricos de área de plantio, produtividade e produção. Os embarques de milho somaram 147 mil toneladas em abril, queda de 37% a/a, com preços estáveis em relação aos meses anteriores. 

Frente a um cenário que há anos chama a atenção, em junho de 2021 foram criados os Fiagros, sem regras próprias. Foi então que a Comissão de Valores Mobiliários autorizou a abertura espelhando o arcabouço já vigente dos fundos imobiliários (FIIs), de direitos creditórios (FIDCs) e de investimento em participações (FIPs).

Fiagros

As gestoras criaram seus produtos e, em apenas alguns meses no primeiro ano, o patrimônio atingiu R$ 1,7 bilhão, em 2022 foi a R$ 10,6 bilhões e neste ano já soma R$ 12,6 bilhões, até abril. Em número de fundos, saiu de 14 em 2021, para 46 no ano passado e 56 em 2023 (até abril).

Reportagem recente publicada pelo Valor Econômico cita que enquanto os fundos de crédito perdiam bilhões no início de 2023, os Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagros) registravam captação líquida positiva: em abril atingiram a emblemática marca de RS 1 bilhão no ano. Já em uma publicação do Infomoney diz que os Fiagros vão continuar com crescimento forte e pagando um nível de dividendos atrativo e acima da taxa do CDI, principal referência de rendimento da renda fixa.

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