Ainda na lista Best in Class do Acionista. Difícil compreender o que leva um banco do tamanho do Santander (SANB11), o terceiro no reinado dos privados do Brasil, se dar mal nos resultados trimestrais. Isso porque todo mundo cresce ouvindo que banco só tem lucro sem produzir nada.

Não é bem assim, basta dar uma refrescada na memória, o tradicional e um dos gigantes do mundo, Credit Suisse, afundou e foi salvo pelo UBS no início do ano. Mas voltando aqui, o Santander teve um fraco desempenho no 2T23 frente ao seu histórico: lucro líquido de R$ 2,3 bilhões, abaixo (-6%) do consenso de R$ 2,46 bilhões. A rentabilidade (ROE) continuou fraca em 11,2%, mas com uma melhora de 0,7 pp frente ao 1T23. Considerando os eventos não recorrentes do trimestre, o lucro ficou em R$ 2,26 bilhões.

Sim, são bilhões de reais, o que para muitos, os leigos, ainda é muito lucro, mas para o mercado, não. Tanto que a maioria dos analistas recomenda venda ou se mantém neutra, às vezes ignorando os pontos positivos.

“O Santander Brasil foi o primeiro banco brasileiro a divulgar seus resultados nesta temporada, e foi decepcionante. O ROE ajustado foi de 10,6% e o lucro líquido ficou 10% abaixo das expectativas do consenso. E poderia ter sido ainda mais, se não fosse a alíquota “positiva”, decorrente dos benefícios do JCP. O EBT (lucro antes dos impostos), uma métrica que usamos como proxy para o “poder de lucro”, caiu 63% em comparação com o mesmo período do ano passado”, comentam os analistas do BTG Pactual. 

Para o time da Ágora, o banco apresentou tendências predominantemente negativas no segundo trimestre, com destaque para provisões e qualidade de ativos. “Em nossa visão, o índice de cobertura do banco caiu substancialmente no trimestre, já que o índice de inadimplência acima de 90 dias teve outra deterioração, apesar da venda da carteira ativa de R$ 1,9 bilhão, enquanto o custo do risco caiu no trimestre”, comentam os analistas. 

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