A companhia divulgou na noite de ontem os seus resultados referentes ao 3T20. Seus números vieram levemente abaixo do consenso do mercado, com exceção do seu Lucro Líquido, que superou as expectativas.

Entre os principais destaques da operação no Brasil, temos:

• Vendas da Havaianas Brasil foram impulsionadas principalmente pelo sell-outnos canais alimentares, farmácia e de conveniência;

• Em setembro, as franquias registraram o melhor mês desde o início da pandemia e ficaram praticamente em linha com 2019;

• As vendas online de Havaianas cresceram 205%, o Havaianas.com cresceu 212% no período;

• O preço médio cresceu 7%, refletindo as ações de Revenue Growth Management.

Em Havaianas Internacional registraram crescimento da receita líquida em 34% no trimestre, atingindo 24% da Receita Líquida total de Havaianas, impulsionado pelo crescimento de 36% em volume em EMEIA, além de NA&C e China.

Na região EMEIA (Europa, Oriente Médio, África e Índia):

• Aumento de 71% na Receita Líquida e crescimento de 26% em volume;

• Os canais de vendas online (DTC+B2B) cresceram 110%, impulsionados pela força da marca e pelo retorno de investimentos em marketing de performance;

• As vendas no Havaianas.com cresceram 215% no 3T20.

Na região NA&C (América do Norte e Caribe):

• Crescimento 73% a Receita Líquida no 3T20, com aumento de 51% em volume;

• Os canais de vendas online (DTC+B2B) cresceram 231% impulsionados também pelo retorno de investimentos em marketing de performance;

• As vendas no Havaianas.com cresceram 330% no 3T20.

Na região APAC (Países da Ásia e Pacífico):

• Queda de 10% na Receita Líquida, impactada pelo prolongamento do período de lockdown em países como a Filipinas e pela redução de fluxo de turistas na região;

• A queda foi parcialmente amenizada pelo crescimento de 504% nas vendas online na China, e pelo crescimento de 470% nas vendas online nos canais B2B na região APAC.

LATAM (América Latina):

• Queda de receita líquida de 34% no 3T20 em razão dos efeitos prolongados da pandemia em toda a região e pelo atraso na emissão de licenças de importação pelo Governo Argentino, o que impossibilitou embarques para aquele país no período.

Consolidado:

• As vendas de Havaianas nos canais online (DTC+B2B) cresceram 168% e no Havaianas.com 280% no 3T20. A aceleração que já havia se iniciado no 2T20, foi alavancada pelo resultado do retorno dos investimentos em marketing de performance, inovações e eficiência da cadeia de suprimentos;

• As vendas online da Osklen nos canais online (DTC+B2B) cresceram +190% e no Osklen.com +226% no 3T20, representando ~55% das vendas;

• A receita líquida no 3T20 foi de R$ 943,5 milhões, sendo que o total Havaianas cresceu 24% destacando-se o crescimento no Brasil, EMEIA, NA&C e China;

• As despesas gerais e administrativas totalizaram R$ 41,5 milhões ou 4,4% da receita líquida, 40bps abaixo de 2019, resultado da administração mais eficiente de despesas através da metodologia de Orçamento Base Zero (OBZ);

• O EBITDA atingiu R$ 158,3 milhões no trimestre, com margem de ~17%. Destaca-se a marca Havaianas crescendo ~+30% o EBITDA no 3T20 quando comparado ao mesmo período de 2019. A redução de volume causada pela pandemia em Osklen no 3T20 impactou negativamente o EBITDA da Companhia vs. 2019;

• Dando continuidade à estratégia de realocação de capital, fizeram a assinatura do contrato para venda do negócio Mizuno. Em virtude dessa transação, fizeram uma reavaliação dos ativos, o que gerou uma baixa contábil de R$ 42 milhões que somado ao resultado negativo de R$ 18 milhões no acumulado 2020, totalizou R$ 60 milhões de impacto no Lucro Líquido Societário. A transação nos trará também benefício futuros no capital de giro, uma vez que esta operação consome ~R$ 200 milhões.

Impacto: Marginalmente Positivo. O resultado veio levemente abaixo da expectativa do mercado, com exceção do lucro líquido. Como principais destaques, estão o grande crescimento das vendas e vendas no e-commerce e desenvolvimento do canal, além da contínua consolidação e ganho de tração da operação na região EMEIA (Europa, Oriente Médio, África e Índia).

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