Com queda no valor de suas ações durante pregão de sexta-feira (21) o Nubank (ROXO34) perdeu sua posição de banco mais valioso da América Latina para o Itaú, (ITUB4) que ocupava a posição. O líder é avaliado em US$52,98 bilhões, enquanto o concorrente digital vale US$51,38 bilhões.
Segundo o portal Valor Investe, a margem financeira do Nubank foi afetada no quarto trimestre pela variação do câmbio e mais rigorosidade na utilização da função Pix Crédito. Analistas indicam uma queda de rendimento no cartão de crédito da instituição também, que é seu principal produto.
Especialistas do Citibank identificam uma cautela do Nubank em relação a sua proposta original de oferecer crédito barato e sem burocracia. Essa estabilização prejudica a companhia que pode ser caracterizada como ‘necessitando de crescimento’ para o mercado.
“O Nubank parece estar adotando uma postura mais prudente em relação à originação (principalmente em cartões de crédito), mas nossa leitura dos resultados é principalmente negativa. Embora reconheçamos alguns ventos contrários em função da variação cambial, vemos algumas tendências operacionais principais atingindo a saturação”, dizem os analistas.
Nubank tem lucro líquido ajustado de US$ 610 mi, alta de 87%
O Nubank (ROXO34) teve um lucro líquido de US$ 552,6 milhões no quarto trimestre de 2024, alta de 85% em relação aos últimos três meses de 2023, levando em conta as variações sem efeitos cambiais. O lucro ajustado foi de US$ 610 milhões, alta de 87%. Em 2024, a instituição teve lucro líquido de US$ 1,97 bilhão, quase o dobro de 2023.
Ao final do ano passado, o banco contava com 114,2 milhões de clientes, com 4,5 milhões adicionados no quarto trimestre e 20 milhões ao longo de todo o ano. No Brasil, foram quase 102 milhões de clientes, fazendo com que o banco ocupe a posição de terceiro maior do país. Do total, 94,9 milhões de clientes são ativos.
O ROE (retorno sobre o patrimônio) atualizado do banco foi de 29% no último trimestre de 2024. Por sua vez, as receitas atingiram um total de US$ 2,99 bilhões, alta de 50%.
“O ano de 2024 foi transformacional para o Nubank”, afirmou o CEO e fundador do banco, David Vélez, no balanço. No ano passado, a fintech expandiu seus serviços, lançado o NuCel, um plano para celulares, e o NuTravel, serviço de produtos para viagens.
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