A recente troca de presidente na Petrobras pode sinalizar um novo capítulo para a conclusão da Fábrica de Fertilizantes de Três Lagoas (UFN3), um empreendimento estatal paralisado desde 2015. Sob a administração de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que assumiu o cargo em janeiro do ano passado, há uma expectativa renovada de retomada das obras, interrompidas quando já estavam 80% concluídas. No entanto, o desbloqueio desse projeto tem sido marcado por uma marcha lenta. A fábrica poderá produzir 3,6 mil toneladas de ureia e 2,2 mil toneladas de amônia por dia.Magda Chambriard, engenheira indicada pelo governo Lula após a demissão de Jean Paul Prates, já está em ação, prometendo destravar os investimentos da estatal no mercado de gás e fertilizantes. Uma das prioridades de Chambriard é a UFN3, e ela já teve uma reunião com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que tem sido um crítico público de Jean Paul Prates.Durante o encontro, Chambriard se comprometeu com Silveira a transformar os planos em realidade, incluindo a retomada da construção da UFN3. Nos bastidores do Palácio do Planalto, há um consenso de que os investimentos da Petrobras em infraestrutura avançaram em ritmo lento durante a gestão de Prates.Embora a fábrica de fertilizantes seja considerada estratégica pelo governo, ela não faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Um dos principais motivos é o alto investimento necessário para sua conclusão, estimado entre US$ 1 bilhão e US$ 2 bilhões.Com a nova liderança na Petrobras e o compromisso renovado do governo, há uma expectativa crescente de que a UFN3 possa finalmente se tornar uma realidade, impulsionando não apenas a produção de fertilizantes, mas também a economia local e nacional. No entanto, resta acompanhar de perto como serão implementadas as promessas feitas e quão efetivas serão as medidas para destravar esse projeto fundamental.

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