“A ideia de emitir títulos no mercado externo é bastante interessante e pode funcionar para promover liquidez”
A secretaria do Tesouro Nacional apresentou o mandato de emissão de títulos das despesas em dólares no mercado externo. O Tesouro Nacional é encarregado por um dos programas de investimento em renda fixa mais agradável do mercado financeiro do Brasil. Agora, serão emitidos 2 novos títulos, um correspondendo a um vencimento de 5 anos, para 2025, já o outro com o vencimento daqui há 10 anos, em 2030. O objetivo desta operação é dar continuação à tática do Tesouro Nacional de proporcionar liquidez na curva de juros em moeda norte-americana no mercado internacional, com isso, antecipando o financiamento dos vencimentos em moeda estrangeira.
Esta operação será feita por alguns bancos, sendo liderada pelo Bank of America, Deutsche Bank, Itaú BBA e J.P Morgan. E de acordo com a secretaria do Tesouro, quaisquer ofertas públicas de bônus a serem feitas nos EUA será realizada por meio do suplemento traçado do Brasil, sendo contido em sua declaração de registro. De acordo com Daniela Casabona, Sócia-Diretora da FB Wealth, esta ideia da emissão de títulos é realmente pertinente não só para o investidor, mas também será eficaz para o Tesouro Nacional. “Pensando na atual taxa Selic e taxa de juros dos mercados globais os títulos podem ser algo bastante atrativo para o investidor e eficaz para o Tesouro”, analisa.
Fornecer recursos para empresas brasileiras que pretendem captar recursos no mercado financeiro internacional é um dos objetivos das emissões de título no exterior. E Casabona também afirma que os novos títulos terão grandes chances de funcionar e proporcionar liquidez, dando assim, continuidade à estratégia do Tesouro Nacional. “A ideia de emitir títulos no mercado externo é bastante interessante e pode funcionar para promover liquidez, vai depender da atratividade da taxa que se fala em 3% e 4 %”, comenta.
Jefferson Laatus, Estrategista-Chefe do Grupo Laatus e Especialista em dólar, relata que a nova emissão vai ajudar no controle das curvas de juros.” Essa emissão de títulos no Tesouro, principalmente em dólar, ou seja, lá fora, diretamente, é super positivo em dois pontos. Ajuda no controle da curva de juros, mas, principalmente na questão do dólar, porque tem uma entrada maior de capital, isso ajuda a tirar um pouco pressão de alta do dólar, então, momentaneamente é super positivo. E, temos que levar em consideração eu o tesouro tem mais informação, ele faz toda uma análise de como que pode ser a curva de juros aqui, corte e tudo, para poder fazer esse tipo de operação. Com certeza foi bem pensado, e a demanda foi alta, os estrangeiros gostaram da opção”, finaliza.