🌎 MERCADOS GLOBAIS

Após uma semana reduzida e marcada por perdas ao redor do globo, ativos de risco estão ensaiando um movimento de recuperação na manhã desta 6ªfeira. Na Ásia, bolsas fecharam a semana em tom positivo, com investidores deixando de lado preocupações com as recentes investidas regulatórias de Pequim sobre o setor de tecnologia. Já na zona do euro, índice acionários estão amanhecendo em alta, em repercussão à decisão de política monetária do BCE, onde a presidente da instituição, Christine Lagarde, confirmou a moderação no ritmo de compras do PEPP (de EUR$ 80 bi/mês para algo em torno de EUR$ 60-70 bi mensais), mas afirmou que o movimento deve ser levado mais como uma calibração do programa do que o início do tapering. Já nos EUA, investidores deverão seguir atentos à agenda (hoje sai a inflação ao produtor em agosto, após o número de novos pedidos de auxílio desemprego cair às mínimas desde a pandemia na semana passada) e às falas dos dirigentes do Fed com relação ao tapering, onde ainda parece existir alguma divergência em torno do anúncio do cronograma no anúncio da decisão do FOMC de setembro (22).

📰 HEADLINES

VALOR

Sob pressão, Bolsonaro recua de ataque ao STF. Dois dias após proferir os mais contundentes ataques à democracia desde o início do seu mandato, o presidente Jair Bolsonaro recuou. Ontem, após almoço com o ex-presidente Michel Temer e horas de conversas com ministros palacianos; Bolsonaro publicou uma “Declaração à Nação” em que diz respeitar a harmonia entre os Poderes, reitera o respeito às instituições e pede diálogo.

ESTADÃO

Bolsonaro dá chapéu em ministros e entrega a Temer papel de pacificador. É dura a vida de quem tem de lidar com Jair Bolsonaro. Flávia Arruda e Ciro Nogueira suaram a camisa depois da terça-feira do 7 de setembro para convencer o presidente a desarmar o espírito e estender a mão ao STF, mas tomaram um “chapéu” do presidente. Fizeram a cama, nas palavras de um palaciano, mas quem deitou nela e ficou com a fama foi Michel Temer, muito à vontade no papel de “pacificador”. O ex-presidente ainda conservou a imagem de “independente”: na mesma terça fatídica, chancelou, com Ricardo Nunes; prefeito de São Paulo, a dura nota do MDB contra Bolsonaro.

GLOBO

Isolamento político, crise econômica e reação do STF: entenda os motivos por trás do recuo de Bolsonaro. Dois dias depois de elevar a crise institucional ao maior patamar até então, o presidente Jair Bolsonaro freou a ofensiva contra o Judiciário e divulgou uma carta em que atribuiu seus xingamentos e ameaças contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) a um arroubo provocado pelo “calor do momento”. No documento, intitulado “Declaração à Nação” e redigido com a ajuda do ex-presidente Michel Temer; ele sustenta ainda que não teve a intenção de agredir outros Poderes. O gesto, embora tenha aliviado a tensão por ora, foi visto com ceticismo na Corte.

FOLHA

Nota de Bolsonaro não é recuo, é habeas corpus para político em perigo. Jair Bolsonaro acionou um advogado para tentar se salvar do cerco que se formou contra ele após o 7 de setembro. Com a ajuda de Michel Temer (OAB 16534/SP), o presidente divulgou uma nota para afirmar que jamais teve a “intenção de agredir” outros Poderes nos atos golpistas. O texto pode parecer um recuo, mas é, na verdade, um pedido de habeas corpus para um político em perigo.

ESTADÃO

Empresas antecipam captações para se blindar de tensão política e alta de juros. Diante da antecipação das tensões político-eleitorais e da perspectiva de inflação e juros atingirem patamares mais elevados no ano que vem, várias empresas estão captando bilhões em recursos no mercado para reforçar seus caixas e rolar ou alongar dívidas tomadas antes e durante a pandemia. O mercado de debêntures viu um boom de anúncios de emissões por gigantes como Comgás, 3R Petroleum, Vibra e Hypera, com operações de cerca de R$ 1 bilhão. Embora a taxa Selic tenha saído de 2% em março para 5,25% em agosto; com as expectativas de que chegue a 8% no final do ano, o custo de captação para as empresas ainda é favorável.

VALOR

IPCA maior puxa projeções do ano para além dos 8%. O resultado da inflação oficial em agosto bem acima das expectativas fez com que pelo menos 16 casas; entre consultorias e instituições financeiras, revisassem já ontem as projeções para o IPCA. Na maioria a estimativa para 2021 rompeu os 8%, levando em alguns casos a projeções de inflação acima do centro da meta em 2022. O IPCA ficou em 0,87% em agosto, superior à mediana de 0,7% coletada pelo Valor Data e a maior taxa para o mês desde 2000 (1,31%). Apesar de puxado pela aceleração de alimentos e de combustíveis como gasolina e diesel; o resultado foi marcado por aumento da proporção de itens com alta de preços.

VALOR

IPCA maior puxa projeções do ano para além dos 8%. O resultado da inflação oficial em agosto bem acima das expectativas fez com que pelo menos 16 casas, entre consultorias e instituições financeiras, revisassem já ontem as projeções para o IPCA. Na maioria a estimativa para 2021 rompeu os 8%, levando em alguns casos a projeções de inflação acima do centro da meta em 2022. O IPCA ficou em 0,87% em agosto, superior à mediana de 0,7% coletada pelo Valor Data e a maior taxa para o mês desde 2000 (1,31%). Apesar de puxado pela aceleração de alimentos e de combustíveis como gasolina e diesel; o resultado foi marcado por aumento da proporção de itens com alta de preços.

FOLHA

Oposição critica PEC dos precatórios e vice da Câmara propõe tirar pagamentos do teto. A proposta apresentada pelo governo para deixar de pagar a totalidade dos precatórios em 2022 e parcelar os grandes pagamentos em até dez anos recebeu críticas de deputados e analistas. Em audiência na Câmara nesta quinta-feira (9), eles compararam o texto a uma tentativa de calote e pedalada. Os precatórios são dívidas do Estado reconhecidas pela Justiça e os pagamentos de R$ 89,1 bilhões previstos para 2022 estão passando por uma tentativa de flexibilização por parte do governo. O objetivo da mudança é abrir espaço orçamentário para outras despesas em ano eleitoral, como a expansão do Bolsa Família.

GLOBO

Sem poder contar com a chuva, governo aprova medida para contratação adicional de energia. Diante do agravamento da crise hídrica, o governo decidiu autorizar a contratação adicional de energia por meio de processo simplificado. A decisão foi chancelada nesta quinta-feira pela Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (CREG). De acordo com Christiano Vieira, secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia (MME); a situação dos reservatórios hidrelétricos, com cerca de 28% da capacidade, requer atenção.

📊 E OS MERCADOS HOJE?

Mercados globais estão ensaiando encerrar a semana em tom positivo, após uma sequência de sessões de realização enquanto investidores seguem avaliando as perspectivas para a retirada de estímulos monetários nas principais economias do mundo. No Brasil, a publicação de uma nota oficial, com função de “bandeira branca”, pelo presidente sinalizou o primeiro ato em direção a algum alívio da crise entre o Executivo e o Judiciário – reforçado por um tom mais moderado de Bolsonaro na sua live tradicional de 5ªfeira. Desta forma, esperamos que o mercado local consiga abrir no mesmo tom positivo em que fechou ontem; com investidores de olho neste apaziguamento e com o ambiente ajudado ainda por um exterior mais positivo na manhã desta 6ªfeira.

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