Não deu outra. A historiadora e professora de Harvard, nascida nos Estados há 77 anos, Claudia Goldin, ganhou o Prêmio Nobel de Economia por seu trabalho sobre a desigualdade salarial entre homens e mulheres. A divulgação foi nesta segunda-feira (9). Ela é a terceira mulher a vencer o prêmio desde sua primeira edição, em 1969.

De acordo com informações do portal G1, estudos da Claudia mostraram que, parte da explicação para que, ainda hoje, ocorra uma grande disparidade salarial e de oportunidades entre homens e mulheres (gender gap, em inglês) “é a fase da vida em que mulheres precisam tomar decisões importantes para suas carreiras, ainda muito jovens, quando devem fazer escolhas sobre assuntos como a maternidade, por exemplo”, diz o texto.

Segundo a Forbes, na área da economia do trabalho, Claudia estuda dois temas principais: a participação feminina na força de trabalho e a economia do casal, com foco em como a organização do núcleo familiar influencia na desigualdade de gênero no trabalho. “A disparidade salarial entre gêneros diminuiu um pouco nas últimas duas décadas, mas não tanto quanto antes”, disse em entrevista à revista.

Como é de conhecimento geral, a grande maioria dos prêmios de Economia foi atribuída a homens ao longo da história. Apenas duas mulheres já haviam conseguido, a Elinor Ostrom, em 2009, e Esther Duflo 10 anos depois.

O que as mulheres ganham com isso?

Muito. Primeiro rompe o estigma que a economia é área profissional para homens; segundo, os próprios estudos da professora Claudia bate de frente com o viés machista da organização do Prêmio em sempre prestigiar mais os homens do que mulheres. Esse é o ponto importante e por que não dizer irônico?

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