Ano de eleição é aquele negócio: investidores eufóricos, bolsa caindo ou subindo a cada nova pesquisa, muita volatilidade e pouca visão de longo prazo. Claro que a liquidez, nesses casos, é majoritariamente dada por grandes players ou por traders alavancados tomando stop ou saindo de posições depois de ganhos pontuais. O que faz o pequeno investidor focado no longo prazo nesse caso? Na minha opinião, o melhor caminho é aceitar que a volatilidade pode ser uma oportunidade de comprar posições descontadas por um medo irracional do mercado.
O maior exemplo recente de como a irracionalidade eleitoral do mercado financeiro diz muito pouco sobre os investimentos foram as eleições nos Estados Unidos em 2020. Quando Biden era visto como favorito após pesquisas importantes, o mercado se movimentava de forma negativa (ainda que em proporções menores do que acontece no Brasil). Além disso, era quase consenso que uma vitória do ex-vice-presidente levaria a um ano ruim para o mercado em 2021 – pior ainda se Câmara e Senado tivessem maioria democrata, o que se concretizou.
O S&P 500, no entanto, tem o melhor resultado da história para os 365 dias pós-eleição:
Não precisa dizer que essa não é uma análise da qualidade política ou não dos governos – até porque 365 dias são muito pouco tempo para essa avaliação -, mas apenas mais um entre tantos exemplos de que é impossível prever o futuro. Quando a previsão envolve política e o investidor pessoa física, o resultado é mais desastroso ainda.
As incertezas e especulações costumam gerar uma maior volatilidade para os anos eleitorais. O levantamento a seguir, feito pelo Santander, mostra como a volatilidade do Ibovespa é maior em anos de eleição, principalmente a partir de junho, coincidentemente o momento em que as candidaturas se definem e as pesquisas começam a ser mais frequentes.
Para 2022, não resta dúvida que teremos uma campanha polarizada e poderemos sentir essas oscilações a cada pesquisa de intenção de voto ou debate. Ou seja: quem sabe, algumas oportunidades de comprar em momentos de mercado irracional apareçam.
SOMA3
O Grupo Soma anunciou que será realizado hoje um leilão de venda na B3 para alienação de ações ordinárias de emissão da companhia. Os papéis são oriundas das frações remanescentes da incorporação das ações da Cia Hering. Totalizando 15.271 ações ao preço de referência equivalente ao fechamento do pregão anterior.
ENEV3
O conselho de administração da Eneva aprovou a criação de um programa de recompra de ações de sua emissão pela sua controlada Parnaíba II Geração de Energia. O objetivo é atender obrigações dos Planos e Programas de Incentivo de Longo Prazo baseados em ações, a administradores e empregados da empresa.
(Confira na íntegra esses e outros relatórios da XP Investimentos)
No lado das despesas, o Bradesco segue sendo exemplo no movimento de racionalização da estrutura física, “trocando gordura por massa magra” para enfrentar a concorrência dos digitais.
- BB Investimentos
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