12 de dezembro de 2021

Tempo de Leitura: 8 minutinhos do seu dia

Lucro no bolso. Onde estão as próximas oportunidades?

Todo noticiário retrata o hoje, flertando com os extremos e tentando dar sinais de algum futuro. O debate diário da situação atual carrega uma tradicional dicotomia, no mercado financeiro, envolvemos o fluxo do dinheiro que indica o comportamento da manada.

Constantemente, confrontamos com o risco na busca por resultados – seja com o objetivo de proteção ou de acumulação -. A temática do momento envolve a expectativa de alguma recuperação do país, o alívio da inflação, o fim do ciclo de alta dos juros e retomada dos ativos na Bolsa.

Os exageros nas alocações, os extremos, mexem com o emocional de qualquer investidor, seja em um negócio, empreendimento, aplicações em renda fixa ou renda variável.

Qual a origem das suas decisões? Valor o impulso?

Cabe a reflexão com a simulação do dia a dia de um investidor:

Nos últimos anos consegui pegar boas oportunidades, vi bons desempenhos e aos poucos fui tomando coragem para aplicar e entender melhor esse mercado, realmente foi um período muito positivo. Ao mesmo tempo, percebo que meu entorno participa e sinaliza diversas oportunidades.

Sempre que tenho a chance pego o celular e confiro os mercados, é quase um movimento de instinto. Quando observo as notícias, os meus canais no telegram e os ambientes que interpreto como boas fontes para estar atualizado, estão relatando que há um movimento do mercado por bancos e commodities (a velha economia), em outros dias, optando por casos de crescimento e tecnologia.

Agora, parece que entrou outra temática: os juros. Renda fixa contra renda variável parecendo que tudo se move em grandes blocos. Um dia parece que tudo está voltado para o “seguro” e no outro para os ativos de maior risco, a renda variável.

Neste momento, aparece a dúvida:

“O que fazer agora? Devo abandonar meus investimentos atuais para acompanhar o ciclo do mercado?”

Você percebeu o que há de errado?

Pode até parecer um dia comum, mas o trecho acima reflete dois comportamentos não-ideais:

O instinto do investidor está ligado exclusivamente a necessidade de saber tudo o que está acontecendo, a toda hora;
A quantidade massiva de informação faz com que a pessoa questione os seus investimentos, os seus planos e as suas prioridades.

A performance de anos anteriores nos trouxe a um ponto interessante do ciclo do investidor, aquele em que se sente mais medo de não ganhar dinheiro do que de perdê-lo.

Se não há indicações de saída no trem, siga a multidão que possivelmente você à encontrará no fluxo das pessoas que está na sua frente. Mas será que este caminho levará você para a saída correta?

A Trilha do Investidor

Há momentos que pensar friamente é melhor do que tentar estar todo dia se movimentando, o overtrading é algo perigoso. Você pode estar decidindo agir por conta de momento e depois se deparar que, na verdade, entrou atrasado, sofrendo da forma mais dura com a perda de dinheiro.

No clássico “How George Soros Knows What He Knows”, a brasileira Flávia Cymbalista aponta que o megainvestidor somatiza o descontentamento com suas posições. Sente que há algo errado e que seu portfólio está desbalanceado. Uma intuição, um desconforto.

A inquietude, o não dormir direito é sinal de alerta para que algo seja revisto.

Sob efeito do FOMO, o medo de ficar de fora, muitos investidores abandonam suas teses de investimentos preferidas por seguir alguma recomendação pontual ou algum sinal particular de mercado.

É importante saber que em algum lugar no mundo deixaremos de participar de alguma SUPER ALTA. Aprenda a lidar com isso, não há problema perder alguma festa, logo mais haverá outra. A rede social, de alguma forma, pode se tornar um grande vilão nestas horas, a vida dos outros, os acertos e sucesso podem ser muito mais interessantes do que os seus. A grama do vizinho é sempre mais verde.

Calma, não é bem assim…

FOMO

FOMO (Fear Of Missing Out, em inglês) é a necessidade constante de saber o que as outras pessoas estão fazendo, ligado à sentimentos de ansiedade, podendo impactar no dia a dia e na produtividade do trabalho. Mais ligado ainda a necessidade de estar conectado constantemente nas plataformas de redes sociais.

A síndrome foi descrita pela primeira vez no ano 2000 por Dan Herman e definida anos depois por Andrew Przybylski e Patrick McGinnis como “o medo de que outras pessoas tenham boas experiências que você não tem”.  Ele é identificado principalmente em jovens e adultos de 18 até 34 anos, mas pode acontecer em qualquer idade. E perceber ele não é algo muito complicado.

São sintomas comuns de FOMO:

Dedicar muito tempo as redes sociais;
Aceitar propostas para todas festas e eventos, por medo de perder alguma coisa ou se sentir excluído;
Ficar mais preocupado em tirar fotos para as redes sociais do que viver o momento;
Estar frequentemente de mau humor e preferir ficar sozinho.

O FOMO também estimula as pessoas a seguirem tendências que surgem nas redes e na compra de itens que ficam populares e que “todo mundo começa a comprar”. Isso pode levar a perda de dinheiro. O grande perigo dessa síndrome é o crescimento constante do medo nas pessoas. Inicia-se a necessidade de querer fazer coisas mesmo quando não queremos fazê-las, é a lógica X a emoção.  E aí surge um grande problema para os investidores…

Entrar na onda dos outros ou seguir uma tendência popular, pois ela deu certo para outros, não garante o seu sucesso.

Lembre-se que o mercado sempre contou com imprevisibilidades. A Warrior Trading afirma que quando uma negociação é feita a base do medo de perder alguma coisa, ela apresenta indícios de inveja: “Negócios feitos a partir de FOMO também trazem um toque de inveja, em que desejamos alcançar o mesmo sucesso repentino que aqueles que já estão no comércio estão experimentando.”

Esse medo não tem uma origem identificável para todos os casos, já que cada pessoa é diferente. A inveja pode surgir em alguns casos e em outros, ele pode se basear na infelicidade. Um estudo de 2016 sobre FOMO afirmou que as pessoas com níveis mais baixos de satisfação das necessidades fundamentais de competência, autonomia e relacionamento estão mais propícios a níveis mais elevados de medo de perder, assim como aqueles com níveis mais baixos de humor geral e satisfação geral com a vida.

Nas redes sociais, as pessoas começaram a compartilhar suas experiências com FOMO e as soluções para combatê-lo. Surgiu o movimento de JOMO, Joy Of Missing Out, ou seja, a alegria de ficar de fora (das redes). Isso se baseia em afastar o que lhe dá ansiedade e prejudica a saúde, principalmente a mental, mas a física também.

Para o mercado, isso não é muito diferente. Mais um acrônimo para você: YOLO, You Only Live Once = Você só vive uma vez. Esse dizer foi popular há alguns anos e traz a mensagem positiva de aproveitar cada instante, pois só se vive uma vez. Só que o YOLO quando junto com o FOMO pode-se tornar um grande problema.

A Forbes divulgou um artigo onde retrata os perigos e os ensinamentos que esses dois podem trazer. Tanto um quanto o outro são “mentalidades” que refletem a normalidade de impulsos compulsórios. A ideia de curtir todos os instantes leva ao pensamento que dinheiro é feito somente para a gente se divertir. Claro que não há nada errado em usar o dinheiro que você trabalhou duro para conquistar em atividades de lazer, viagens e para consumir algo que você deseja. O problema surge no momento em que as prioridades são deixadas de lado. Fazendo com que as pessoas parem de planejar de comprar a sua casa dos sonhos, de iniciar uma família, ou de realizar qualquer plano em longo termo. É uma mentalidade que não faz crescer, mas sim que atrasa.

Por isso é importante ter bem definido quais os seus valores, quais as suas prioridades e como você quer que o seu futuro seja. Assim, criando planos e entendendo que só o tempo será capaz de providenciar os acontecimentos. Não há atalhos.

Quando suas prioridades estiverem alinhadas aí sim você deve tomar as suas decisões financeiras. Dessa forma, elas serão feitas a partir da origem de valor e não de uma origem de impulso.

MAIS UMA ETAPA CONCLUÍDA…

Se você é daqueles que gosta de se aprofundar, saiba que nosso ambiente exclusivo é justamente criado com este objetivo, para ajudar você a ter as informações necessárias reunidas em um só lugar.

Fique atento às Análises do Mercado, onde mais de 70 casas fazem um trabalho espetacular dissecando as oportunidades do mercado. Neste ambiente, haverá diversos relatórios entre recomendações e sinalizações para acompanhar o mercado e dicas pontuais.

Tudo para manter você devidamente informado.

Nunca se esqueça, conte conosco sempre para lhe ajudar em sua jornada.

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de Equipe Acionista

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Na Rota do Dinheiro Sujo

Na Rota do Dinheiro Sujo (Dirty Money, na versão em inglês) é um documentário americano em formato de minissérie que conta histórias de corrupção corporativa nos EUA. É uma obra original da Netflix. Ah, cada episódio se concentra em um exemplo de corrupção corporativa e inclui entrevistas com os principais participantes de cada história. Bora assistir? 👀

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