Você já aceitou uma “oportunidade” que não proporcionou o resultado esperado? O tempo todo vão tentar te oferecer possibilidades disfarçadas de oportunidades, mas é preciso saber diferenciar as duas. Quando almejamos sucesso e crescimento profissional, nós tendemos a acreditar que toda circunstância que se apresenta deva ser aproveitada. Isso é perigoso.
A realidade é que aceitar qualquer situação nova pode ser um grande erro. Todo desafio exige tempo, energia e, muitas vezes, um pouco dos nossos valores. Se pudesse dar um conselho, seria este: aprenda a diferenciar o que realmente vale a pena, daquilo que, por mais atraente que pareça, pode acabar trazendo mais dor de cabeça do que benefício.
É fácil se deixar seduzir por uma nova proposta — seja um trabalho, uma parceria ou até um investimento — que prometa retorno rápido, status ou soluções instantâneas para nossos problemas. No entanto, antes de tomar qualquer atitude, pergunte-se: “Essa oportunidade está realmente alinhada com o que eu quero ou só parece boa à primeira vista?”.
Dizer “não” a um projeto ou convite exige coragem e muitas vezes vai na contramão do que as pessoas ao nosso redor esperam de nós. Veja bem: recusar uma proposta não é sinal de fracasso; pelo contrário, é uma demonstração de clareza e autoconhecimento.
Conheço vários empreendedores que, ao se deixarem levar por chamados tentadores, acabaram colocando tudo o que tinham em iniciativas que não cumpriram o que prometiam. Mais do que o lucro imediato, é fundamental avaliar se uma oportunidade realmente reforça seu propósito e agrega valor ao longo de sua jornada.
Quando você define o que realmente importa, elimina distrações e constrói uma trajetória mais sólida e coerente. Isso não quer dizer que devemos fechar a porta para inovações, mas que é importante agir com sabedoria, entendendo que a qualidade das decisões que tomamos faz a diferença, não a quantidade de “sims” que são ditos pelo caminho.
E onde quero chegar com isso? Pessoas ou empresas podem se aproveitar da sua vulnerabilidade, oferecendo possibilidades que parecem bacanas, mas que são enganosas e podem até prejudicar seu negócio ou sua saúde mental. Se você se sente ou já se sentiu assim, aconselho a procurar sua rede de apoio, antigos companheiros de trabalho ou uma mentoria especializada para pedir opinião de quem está fora da situação, para uma melhor avaliação de resultado.
Mas atenção: peça orientação de pessoas que já cumpriram a jornada. Pessoas que estejam à frente no tema que precisa enfrentar. Não dá para pedir conselho de como ficar rico para quem é pobre ou dicas de como ficar forte para um “magricela”.
Deixo aqui uma última reflexão: na busca pelo crescimento, saber dizer “não” pode ser tão importante quanto dizer “sim”. Valorizar as suas prioridades é essencial, e cada escolha conta — inclusive a decisão de deixar certas “oportunidades” passarem.
O caminho para o sucesso não é apenas questão de sorte, mas de preparação, visão crítica, coragem e perseverança. Agir de forma estratégica e estar disposto a aprender constantemente aumenta de modo significativo suas chances de prosperar.