São Paulo, 30 de março de 2020 (SEGUNDA-FEIRA).


Mercados e Economia:

Hoje (1) a BOVESPA deve cair, prejudicada pelo recuo das commodities, pelo aumento das tensões políticas no Brasil e pela decisão de Trump, presidente dos EUA e CPT do mundo, de estender o período de isolamento social de seu país até o final de ABR/20 e (2) o DÓLAR pode subir, apesar dos leilões de venda do BC, seguindo a esperada piora do “humor” na bolsa tupiniquim e ampliando os ganhos acumulados na semana passada (1,5%), neste mês (13,3%) e no ano (26,0%).

Sexta-feira, no BRASIL, (1) a BOVESPA caiu -5,5%, ampliando as perdas acumuladas no ano (-36,5%) e reduzindo os ganhos auferidos na semana (9,5%), influenciada pela trajetória descendente das principais bolsas mundiais e pelo recuo das commodities, em meio à progressão do coronavírus nos EUA e (2) o DÓLAR subiu 2,1% à R$ 5,10, acompanhando, após 3 dias de queda, o movimento de “ajuste” das bolsas e a valorização internacional da moeda norte-americana.

Também sexta-feira, nas principais bolsas (1) da ÁSIA, Japão 3,9% e China 0,3%, acompanhando o movimento ascendente das principais bolsas mundiais no dia anterior, diante dos esforços de governos de várias partes do mundo de lançar medidas para amenizar o impacto econômico da pandemia do novo coronavírus, (2) da EUROPA, devolvendo parte dos lucros auferidos na semana, Inglaterra -5,2%, França -4,2% e Alemanha -3,7%, prejudicadas pela divulgação de que o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, testou positivo para coronavírus, influenciadas negativamente pelo anúncio de que a Itália registrou 969 mortes pela doença em 24 horas e com destaques de queda para as ações das empresas do setor aéreo, como Lufthansa (-6,4%) e KLM (-6,1%) e (3) dos EUA, também devolvendo parte dos lucros auferidos na semana, S&P -3,4%, DJ -4,1% e NASDAQ -3,8%, após a confirmação de que o país se tornou o que tem mais casos de infecção pelo coronavírus no mundo e após Robert Kaplan, presidente da distrital do FED de Dallas, dizer que espera que os pais tenham uma taxa de desemprego de até 8% no fim de 2020, além de problemas com a produção de petróleo.

Apesar de alertar que é inevitável uma “recessão generalizada”, com o PIB do planeta se retraindo -2,1% neste ano, Mark Zandi, economista-chefe da agencia de classificação Moody’s, destacou que as medidas emergenciais, incluindo o pacote de US$ 2tri aprovado pela Câmara norte-americana, vão ajudar o buraco a não ser tão profundo na economia mundial e que o alívio para os investidores só virá quando for descoberta uma vacina ou um tratamento médico eficaz para a Covid-19.

Enquanto, sem lobby forte, a grande maioria das pequenas empresas tupiniquins já estão à beira da falência após cerca de 10 dias fechadas, segundo uma pesquisa feita pela Fipe 51,4% das grandes empresas brasileiras conseguem sobreviver a 3 meses sem faturamento.

Com o objetivo de ajudar as pequenas e médias empresas, que são as que mais empregam no país, o governo Bolsonaro anunciou que abrirá uma linha de crédito emergencial, com juros de 3,75% ao ano, para financiar a folha de salários de estabelecimentos com faturamento de R$ 360mil até R$ 10mi por ano.

Jogando o liberalismo às favas, Rodrigo Maia, presidente da Câmara, defendeu que o governo Bolsonaro adie o pagamento de impostos por empresas como uma medida para amenizar os impactos econômicos da pandemia do coronavírus.

Mantendo seus princípios liberais, Paulo Guedes “garantiu” que é contrário à ideia esdrúxula, aventada pelos socialistas da Câmara Federal, de obrigar companhias com patrimônio líquido acima de R$ 1bi a emprestar dinheiro ao governo para ajudar no combate ao coronavírus.

“Apostando” que as restrições ao contato social permanecerão no mínimo até o final de ABR/20, podendo inclusive se estender para MAI/20, a XP investimentos reduziu, de 1,8% para -1,9%, suas “apostas” para o crescimento da economia tupiniquim em 2020.

Mostrando o tamanho do perigo de se manter por muito tempo a quarentena horizontal, os trabalhadores informais e sem carteira assinada, que fazem parte do grupo mais vulnerável aos problemas econômicos que serão causados pelo coronavírus,  representam no mínimo 40% da força de trabalho de 9 estados brasileiros, todos eles localizados nas regiões mais pobres do Norte e do Nordeste.

Grandes empresas do varejo, um dos setores mais afetados pela crise do coronavírus, têm avisado ao presidente Bolsonaro que vão demitir, em média, até 1/3 de seus funcionários, o que representa cerca de 600mil empregos, caso a pressão para reabrir as lojas não surta efeito até meados de ABR/20.

O BNDES, segundo seu presidente Gustavo Montezano, vai apoiar empresas em dificuldades por causa da crise gerada pela pandemia de coronavírus por meio de um sistema que envolve debêntures conversíveis e pode aportar capital nessas companhias através de compra de ações.

Dando sequência à sangria, nos 25 primeiros dias deste mês os investidores estrangeiros retiraram R$ -20,5bi da bolsa tupiniquim, elevando assim o saldo negativo acumulado no ano para R$ -60,6bi.

O pacote do governo em apoio à folha de pagamento das empresas de menor porte e a ajuda mensal de R$ 600 aos trabalhadores informais, aprovados pela Câmara, foram bem-recebidos pelo “mercado”, que mesmo assim segue instável diante da falta de certeza de quando terminará a pandemia do coronavírus.

Apesar do clima de histeria que a nefasta imprensa socialista tupiniquim tenta a todo custo passar, é crescente no “mercado” o entendimento de que a pandemia do coronavírus “não será o fim do mundo” e que o Brasil, com uma densidade populacional menor, um clima mais quente e uma população mais jovem, não caminhará para a mesma direção de Itália e Espanha, o que permitirá que, em algum ponto, as restrições comecem a ser afrouxadas e a economia aos poucos se normalize.


Política:

Desmoralizando mais uma vez a imprensa tupiniquim, que insiste em inventar atritos entre os membros do seu governo, Bolsonaro anunciou que ofereceu a Granja do Torto para Paulo Guedes, seu “querido” ministro da Economia, morar durante o período da crise do coronavírus.

Claramente tentado criar picuinhas na equipe de governo, o Jornal Nacional disse que as críticas de Mandetta, o ministro da Saúde, ao trabalho sórdido da imprensa tinham o objetivo de agradar o presidente Bolsonaro.

Medico, ex-ministro da Cidadania do governo Bolsonaro e atualmente deputado Federal, Osmar Terra, referendando a opinião do presidente tupiniquim, defendeu o isolamento vertical, que prevê o afastamento social apenas de idosos e de pessoas com doenças pré-existentes.

Lacaio da organização criminosa petista, Ricardo Lewandowski, ministro do STF, votou para considerar válida a nomeação de Lula, maior bandido da história do Brasil, como ministro da Casa Civil de Dilma Rousseff, em 2016.

Caindo em mais uma pegadinha do presidente, governadores já “avisaram” que entrarão na Justiça se Bolsonaro cumprir a sua vontade e assinar um decreto para liberar setores da economia a voltarem a funcionar.

Desnudando seu caráter, o senador Flávio Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro e Rogéria Nantes, filhos e ex-mulher do presidente Bolsonaro, se filiaram ao Republicanos, partido da Igreja Universal cujo principal nome é Marcelo Crivella, prefeito do RJ.

Como não são canalhas aproveitadores, Romeu Zema, governador de MG, e Coronel Marcos Rocha, governador de RO, foram os únicos que não assinaram um manifesto contra Bolsonaro elaborado por Rodrigo Maia, Doria e Witzel.


Crítica:

Trabalhando em benefício de vagabundos e colocando a população em risco, a justiça decidiu enviar para prisão domiciliar 150 detentos do Centro de Progressão Penitenciária de Tremembé, em SP, alegando que eles pertencem a grupos de risco para o coronavírus.

Aumentando as chances de cura, no EUA a Food and Drug Administration autorizou o uso emergencial de cloroquina e de hidroxicloroquina para o tratamento de coronavírus.


PAZ, amor e bons negócios;


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