“Não há um cenário muito construtivo para formação de preços de soja”, disse o consultor da MBAgro, Alexandre Mendonça de Barros, no evento “Master Meeting Soja 2024”, que se encerrou na última quinta-feira (11), em Cuiabá (MT). “Obviamente pode não chover, pode quebrar a safra americana, mas neste momento o ambiente climático é neutro nos Estados Unidos e no caso da América do Sul, com La Ninã, a aposta internacional é que a safra brasileira seja melhor e que o cerrado tenha uma produção mais significativa.”Segundo Mendonça de Barros, o dever de casa para o produtor é sempre assegurar a venda parcial de grãos para cobrir os custos de produção. “O produtor não precisa vender tudo, de maneira alguma! Mas eu já me moveria na intenção de fazer trocas.”La NiñaTambém presente no evento, o consultor da Cogo Associados, Carlos Cogo, pontuou que a La Niña vai pegar praticamente toda temporada no Brasil, com grande chance de elevar a produção, ou seja, elevar os estoques globais e manter pressão negativa sobre os preços.”No curto prazo, tem pouco a ser feito por parte do produtor, a não ser começar agora as vendas antecipadas, fixações de preços, principalmente quando surgir bons momentos em função da La Niña.” De acordo com Cogo, boa gestão e estratégia de venda dos grãos devem fazer parte do cronograma do produtor para próximo ano.”Não estocar os grãos é uma boa iniciativa, para justamente evitar encontrar no primeiro semestre do ano que vem o cenário mais provável que é prémios, bens negativo dos portos, preços caindo mais do que a própria plantação futura e tentar alocar e realocar a maior parte possível da sua comercialização para o segundo semestre de 2025.”

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Investir sem um preço-alvo é acreditar apenas na sorte